×

PRESSÃO IMPERIALISTA | Governo venezuelano ataca ex-presidente espanhol por apoio à oposição

sexta-feira 27 de março de 2015 | 01:56

Caracas, 25 de março (EFE/Esquerda Diário).-

A chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, disse nesta quarta-feira que o ex-presidente do governo da Espanha, Felipe González (secretário geral do PSOE, partido espanhol de tradição reformista, que começou a aplicar os ajustes e cortes no início da crise capitalista em 2008), "não tem faculdades" para exercer a advocacia na Venezuela, ao fazer referência à intenção do ex-chefe de Estado espanhol de defender os políticos opositores presos Leopoldo López e Antonio Ledezma.

"Ele não tem faculdades nem para exercer a advocacia na Venezuela nem para intrometer-se nos assuntos internos da Venezuela, de tal forma que eu lhe recomendo que, caso tenha se saído mal em seu outro negócio, busque outra forma de vida", declarou a chanceler em entrevista coletiva a meios de comunicação internacionais.

A ministra das Relações Exteriores da Venezuela sugeriu a González "que atue em consequência e em consonância com seu título" e que não faça "lobby" para a direita "local e internacional".

Rodríguez fez as declarações minutos antes de o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também se referir a Felipe González como alguém que "não tem moral para dizer a palavra Venezuela" e acusá-lo de ser o "coordenador do eixo anti-venezuelano Bogotá-Madri".

Ontem, Maduro já havia acusado González de respaldar um suposto golpe contra ele e de estar por trás de uma campanha de "guerra psicológica" com a ideia de perturbar a paz do país junto ao publicitário venezuelano Juan José Rendón.

A acusação de Maduro aconteceu poucas horas depois do anúncio de que González defenderá os líderes opositores venezuelanos Leopoldo López e Antonio Ledezma, presos acusados de tentar desestabilizar o governo.
Estas declarações se inserem nos marcos da repercussão do decreto de Obama de três semanas atrás, que classificou a Venezuela como “ameaça à segurança nacional” pela falta de “garantia de direitos humanos”, e que desatou uma campanha de pressão sob o governo de Nicolás Maduro pela derrubada do decreto. À pressão do imperialismo estadunidense sobre o governo venezuelano se soma agora Felipe González do PSOE, ambos por uma política de rapina que busca melhores condições econômicas nas relações com o país latino-americano.

EFE/Esquerda Diário




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias