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QUEIMADAS DA AMAZÔNIA | Governo trava 38% do orçamento de monitoramento de florestas do Inpe

Em 2019, os valores pagos em monitoramento de queimadas já registram bruscas quedas em relação ao ano passado.

sexta-feira 6 de setembro de 2019 | Edição do dia

Imagem: Reprodução

Em 2019, o orçamento para o monitoramento de risco de incêndios e de cobertura da terra feito pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) será de R$ 2,01 milhões. Ademais, um adicional de R$ 1,21 milhão foi incluído na programação de crédito suplementar sujeito à aprovação parlamentar, totalizando R$ 3,22 milhões. Esses dados estão presentes no projeto de lei orçamentária para 2020, apresentado ao Congresso na última sexta-feira (30).

Estamos no meio da pior crise de queimadas na Amazônia nos últimos anos e o governo ainda deixou passível a negociação com o congresso em 38% do valor destinado ao monitoramento, em 2020. O sistema de satélite do Inpe faz o monitoramento, que identifica os incêndios na amazônia e informam a localização dos focos de queimadas para as autoridades competentes. Em 2019, os valores pagos em monitoramento de queimadas já registram bruscas quedas em relação ao ano passado.

No mês retrasado, julho, Bolsonaro disse que os dados obtidos pelo Deter (programa do Inpe destinado a alertas de desmate, para basear ações do Ibama) eram falsos. Em seguida, quando questionado sobre o aumento do desmatamento o presidente sugeriu que o então diretor do Inpe -agora, ex depois de responder o ataque foi exonerado pelo Ministro da ciência e tecnologia- Ricardo Galvão "poderia estar a serviço de ONGs". Enquanto isso, Salles qualificava de "sensacionalistas" as porcentagens de desmatamento medidas pelo Inpe.

De acordo com o pesquisador e professor da USP, Paulo Arataxo “Desde janeiro, o ministro anunciou que quer contratar essa empresa para fazer o serviço que o Estado já faz de maneira exemplar. O Estado tem que ter controle sobre os produtos de monitoramento ambiental que vão servir de base para as políticas públicas brasileiras”.

Essa é a política de Bolsonaro e seus aliados, trocar os serviços feitos pelo Estado por serviços privados que irão custar muito mais. Um absurdo!!! Visto que, se não tem dinheiro pra investir mais no Inpe, por que contratar um outro tipo de monitoramento? O Inpe é referência no mundo em sistema de monitoramento com qualidade.




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