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Chile | Governo Boric reprime com violência marcha de estudantes que protestavam por bolsas

A marcha que ocorreu ontem (25) foi reprimida por carabineiros com jatos de água em frente ao palácio presidencial de La Moneda. Um estudante foi baleado por um policial. É o primeiro protesto estudantil sob o governo de Gabriel Boric.

sábado 26 de março de 2022 | Edição do dia

Nesta sexta-feira (25) foi realizada a primeira greve e protesto estudantil no Chile para exigir o aumento das bolsas de alimentos, cujo valor está congelado há anos.

O evento mais grave ocorreu quando um carabinero (forças policiais do Chile) sacou sua arma e atirou em um dos estudantes. Esta é a primeira marcha estudantil sob o governo de Gabriel Boric.

A manifestação teve uma convocação massiva de estudantes universitários e do ensino médio em todo o país. A Confech (Confederação Estudantil) pediu o reajuste da bolsa BAES, que é um auxílio-alimentação entregue por meio de um cartão eletrônico que pode ser utilizado em locais especiais. Os alunos afirmam que o valor não é reajustado há anos e que existem poucas lojas onde se pode comprar alimentos.

Nas ruas de várias cidades do país, milhares de estudantes se uniram para gritar por uma educação gratuita, universal, democrática e não sexista.

No entanto, a dura repressão ocorreu na Alameda da cidade de Santiago do Chile, bem como em frente ao palácio presidencial de La Moneda, onde uma forte repressão, que incluiu carros jorrando água, dispersou os manifestantes, e um carabinero disparou à queima-roupa de um aluno.

Organizações e ativistas de direitos humanos se manifestaram para repudiar o fato e denunciaram o governo Boric, que conta com grande presença de políticos oriundos do movimento estudantil de 2011, inclusive ele próprio.

Dauno Tótoro, ex-líder estudantil e atual ativista dos direitos humanos, denunciou o incidente, pedindo a dissolução imediata dos carabineiros.

Represión en la Alameda:




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