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MENSALÃO MINEIRO | Gilmar Mendes abre inquérito contra Aécio, tucanos paulistas seguem intocáveis

Nesta segunda-feira (6) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, autorizou a abertura de novo inquérito para investigar o que tanto se fala e oculta, do "mensalão mineiro" que envolve o então presidente do PSDB, Aécio Neves (PSDB-MG), assim como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) e o ex-senador Clésio Andrade (PSDB-MG). Este é o segundo inquérito aberto contra Aécio depois de tantas negativas por parte de Gilmar Mendes.

terça-feira 7 de junho de 2016 | Edição do dia

Esta investigação a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot se baseia nos depoimentos de delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, que afirma que em 2005, época em que Aécio era governador de Minas, ao longo dos trabalhos da CPI dos Correios, os mesmos se articularam a barrar as quebras de sigilo das pessoas e empresas envolvidas no escândalo, afim de esconder a relação entre o Banco Rural e o chamado mensalão mineiro.

Segundo Delcídio, "Aécio enviou emissários para que o prazo de entrega das quebras de sigilo fossem delongados, com a justificativa ’entre aspas’ de que não haveria tempo hábil para preparar essas respostas". Um dos emissários era Paes, na época secretário-geral do PSDB, que junto ao deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), participaram da aprovação da CPI com os "dados maquiados". "A maquiagem consistiria em apagar dados bancários comprometedores que envolviam Aécio Neves, Clésio Andrade, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Marcos Valério e companhia", relatou.

A PGR já havia solicitado a inclusão do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) nas investigações, porém o pedido já havia sido rejeitado por Gilmar Mendes, que alegou ser imatura a investigação, pelo mesmo ter sido "apenas citado" no depoimento de Delcídio. Novamente, Gilmar Mendes negou esta investigação, e como de praxe, os tucanos paulistas seguem intocáveis.

Outro pedido pedido de investigação sobre Aécio, depois de diversas negativas tinha sido aberto semana passada. Neste segundo inquérito Janot cita crimes cometidos pelo senador também em Furnas, empresa subsidiária da Eletrobras, no qual é acusado de receber pagamentos ilícitos do ex-diretor de Furnas, Dimas Toledo.

Ainda que em diferentes instâncias os tucanos venham sendo alvos sempre arquivados dessa justiça seletiva do "partido do judiciário", que por muitas vezes fechou os olhos, aos esquemas que segundo as gravações vazadas de Jucá, "não há quem não conheça", Aécio com a desfaçatez típica dos políticos deste regime permanece a afirmar a não interferência em nenhuma investigação da CPI dos correios, justificando sempre tais questões como instrumento de desequilíbrio político.

A abertura de inquéritos contra Aécio bem como tinha sido a retirada do mandato de Cunha, e agora o pedido de prisão de diversos caciques do PMDB se situam entre duas importantes operações, uma que parece ter aval de todo judiciário (agora que enquadraram Gilmar Mendes para que este aceite, já que queria salvar todos tucanos até mesmo de investigação) que seria limpar a cara do golpe e da Lava Jato atingindo mais político que somente os do PT, e neste esquema Aécio entra como laranja para lavar a cara de todo PSDB. Outra operação, que parte do "partido judiciário" aponta (sobretudo Janot) é um avanço maior em punir políticos do PMDB, PSDB, buscando por sua ação "limpar" o regime político e o próprio judiciário arbitrar a favor de novos esquemas de corrupção a substituir os presentes.

Não confiamos em uma justiça que tem juízes que ganham dezenas de milhares de reais e não são eleitos por ninguém, que tem como herói um Sérgio Moro que fez treinamento no Departamento de Estado Americano, um STF que atua rasgando e interpretando a Constituição conforme seus jogos de poder. Ate meses atrás o PT e parte da "mídia alternativa" criticava a Lava Jato, agora que ela respinga sobre Aécio e membros do PMDB a louvam. Por trás da Lava Jato e dos jogos do "partido judiciário", se escondem não só jogos de deposição de Dilma ou de poder imediato, mas interesses maiores sobre os rumos do país e que esquema de enriquecimento será favorecido.

Prova deste jogos de substituição de um esquema de corrupção por outro se vê na eterna impunidade de todos importantes tucanos paulistas, alvos de muitas denúncias, Serra, Alckmin, Aloysio, nunca são investigados. "Curiosamente" todos eles são frequentemente citados pelas fontes diplomáticas americanas nos cabos secretos conhecidos como Wikileaks como "fontes" e "defensores" dos interesses daquele país.




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