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#28A | Mais duas categorias que aderiram à greve do dia 28A: Trabalhadores e educadores de museus da cidade de São Paulo.

sexta-feira 28 de abril de 2017 | Edição do dia

Mais duas categorias de São Paulo que aderiram à greve contra as reformas trabalhista, da previdência e outros ataques deferidos pelo governo golpista de Temer: trabalhadores e educadores de museus.

Em cartas, que o Esquerda Diário publicada na integra, abaixo, estas categorias confirmam sua adesão a grande greve que afetou diversas cidades do país no dia de hoje:

"Nós, trabalhadoras e trabalhadores de diversos museus paulistas, decidimos em assembleias e reuniões locais, exercer nosso direito de greve e aderir à paralisação nacional contra as reformas da Previdência e Trabalhista. Consideramos que tais medidas são um ataque aos direitos conquistados por meio da luta e resistência de tantos trabalhadores e trabalhadoras. Assegurar o direito à aposentadoria é fundamental para garantir a sobrevivência de forma digna e o descanso das pessoas após uma vida inteira de trabalho. A existência de leis trabalhistas são requisitos básicos de proteção dos trabalhadores contra a exploração de seus empregadores. As reformas significam um retrocesso e não podemos deixar que elas passem! Por isso nosso posicionamento se alinha ao pensamento progressista.

Nenhum passo atrás!

Assinam esta carta as trabalhadoras e trabalhadores, em adesão parcial ou integral, dos Museus:

Trabalhadores do Museu de Arte Sacra (paralisados parcialmente)
Trabalhadores do Museu da Imigração
Trabalhadores do Museu do Café (paralisados parcialmente)
Trabalhadores do Museu Afro Brasil
Educadores terceirizados do Sesc Pompéia

Há ainda informações de paralisações parciais ou integrais dos seguintes museus:

Museu Lasar Segall
Museu da Imaginação
Museu da Cidade (educativo)
MASP
Caixa Cultural (educativo)
Museu da Pessoa
Museu Paulista
Instituto Tomie Otahke
Itaú Cultural
Museu de Casa Brasileira
Pinacoteca
Memorial da Resistência (alguns setores)
Rede Museu da Energia (Fundação Energia e Saneamento)
Fundação Ema Klabin
SESC Ipiranga (educadores terceirizados)
SESC Campinas (educativo fixo e terceirizados da itinerância 32ª Bienal de Arte de São Paulo)
SESC Santos (educativo fixo, estagiários e educadores terceirizados)
SESC Belenzinho (Educativo da Itinerância 13ª Bienal Naïfs do Brasil)

A nota conta ainda com o apoio de inúmeros funcionários de outros museus aqui não mencionados em função de possíveis retaliações."

“Cem anos depois da primeira grande greve trabalhista do país, nos deparamos com um cenário de total retrocesso com relação aos direitos trabalhistas.

Estão acabando com a CLT em vez de amplia-la. Nossos direitos estão sendo destruídos. Querem fazer com que trabalhemos até a morte e que nossas vidas sejam mais precarizadas do que ja são.

Historicamente a profissão de educador em museus e espaços culturais se constitui como trabalho precarizado já em seu nascimento, uma vez que geralmente se da através de contratos temporários, MEI, ou projetos terceirizados que não garantem trabalhos contínuos, colocando em xeque a qualidade do trabalho.

Para além disso, as jornadas de trabalho são desgastantes e os salários baixos.

Por isso, estamos paralisando nesse dia 28 de abril.

Contra a reforma da previdência.
Contra a reforma trabalhista.

Contra a terceirização do trabalho.

Que todas as terceirizadas e terceirizados sejam efetivados sem concurso público pois já exercem a função.

Que não haja nenhum corte de ponto e nenhum tipo de retaliação. Basta de precarização da vida e do trabalho.

Que os capitalistas paguem pela crise que eles mesmos criaram.

Estamos em greve pelos direitos trabalhistas e pelo futuro.

Educadoras e Educadores do Projeto Educativo do Museu da Cidade 2017”.

Leia também: Preparar uma greve geral até derrubar Temer e às reformas! Por uma Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta.


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