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ALCKMIN A CULPA É SUA! | Funcionários da Educação Paralisaram o Trabalho nas Escolas Estaduais de São Paulo

Nesta quinta-feira (17) os funcionários das escolas estaduais de São Paulo paralisaram o trabalho e realizaram atos em diversas cidades contra a precarização da educação promovida por Geraldo Alckmin.

sábado 19 de março de 2016 | 00:00

Agentes de organização de escolar, funcionários da secretária, agentes de serviços escolares foram às ruas protestar contra o descaso de um governo que além de não apresentar nenhuma perspectiva de reajuste para esse ano, chega ao ABSURDO de manter o Piso Salarial da Categoria Abaixo do Salário Mínimo. Soma-se a isso a piora das condições de trabalho pelo sucateamento das estruturas escolares, falta de material para realizar as tarefas, sobrecarga de trabalho e precarização do plano de saúde (Iamspe) etc.

Os funcionários mostraram disposição de luta em dezenas de cidades, como em Guarulhos onde o ato contava com cerca de 400 pessoas e em Marília onde mais de 100 servidores protestaram em frente à Diretoria de Ensino. Em Campinas e na Capital também houveram assembleias e manifestações importantes. Após uma primeira reunião realizada entre a Afuse (sindicato da categoria) e o “novo” secretário da educação, José Renato Nalini, repetiu-se o mesmo “velho” discurso: “Nenhuma sinalização de reajuste salarial no momento e o estudo da possibilidade de reajustar apenas em Julho”. A mesma conversa do ano passado que resultou em 0% tanto para servidores quanto para professores.

Sabemos que do governo da “reorganização escolar” que recentemente cortou as impressoras, coordenadores e que tem a intenção clara de avançar na terceirização do trabalho nas escolas, não podemos esperar outra coisa que senão mais ataques. Somente levantando uma grande mobilização - que se utilize de métodos de luta combativos e que seja organizada e controlada pela base dos trabalhadores - é que os servidores poderão colocar Alckmin(PSDB) contra parede e arrancar melhores condições de trabalho. A busca pela unidade com os professores e os estudantes também é fundamental. Para lutar contra o governo temos de nos inspirar na organização e nos métodos dos estudantes secundaristas que ano passado barraram a “reorganização escolar”, derrubaram o antigo secretário da educação e colocaram crise no governo.

Terceirizados e Efetivos a nossa luta é uma só: Pela Efetivação Sem Concurso Já!

A paralisação do trabalho sem dúvida é um método de luta muito importante que causa um impacto imenso no funcionamento das escolas. Não à toa, as Diretorias de Ensino enviaram orientações para as unidades escolares chamando uma “força tarefa” nesta quinta (17) que envolvesse os membros da gestão, professores substitutos e quem mais fosse possível pra tentar garantir o funcionamento das escolas. No entanto, as trabalhadoras e trabalhadores terceirizadas que em geral atuam nas áreas da cozinha e da limpeza continuaram trabalhando. Por um lado pelo verdadeiro o abandono de seus sindicatos e por outro pela pressão e assédios feitos pelas empresas. Imaginemos a mudança qualitativa na força das manifestações se os terceirizados também tivessem condições de aderir às paralisações. Com a cozinha e a limpeza paradas não haveria “força tarefa” que desse conta de manter o funcionamento das escolas. Por isso já passou da hora da Afuse e também da Apeoesp defenderem PELA IMEDIATA EFETIVAÇÃO DE TODOS OS TERCEIRIZADOS SEM NECESSIDADE DE CONCURSO PÚBLICO! Apenas defender contra a terceirização não é o suficiente. Precisamos que a Afuse e também a Apeoesp defendam a efetivação imediata e que coloquem todo seu aparato jurídico e sua força politica para defender os terceirizados, de modo a garantir que essas trabalhadoras e esses trabalhadores também possam se organizar politicamente e se unificar às lutas.

O que é mais importante para CUT: Os Servidores em Luta ou a Defesa Cega do Governo Federal?

Sendo a Afuse filiada à CUT (Central Única de Trabalhadores) que é a maior central sindical da América Latina com mais de 3.800 entidades filiadas vale questionarmos: o porque essa central não deu todo o peso, o apoio e a visibilidade que poderia com seu poderoso aparato para que a luta dos servidores que paralisaram as escolas tivesse tido um impacto muito superior na realidade? Ou mesmo o porque não buscou unificar a luta dos servidores com a dos professores e de outras categorias? Sendo a CUT justamente dirigida pelo PT, fica evidente que a central está muito mais preocupada em colocar todo seu peso para dizer que “Lula, vale a Luta” e para defender cegamente o governo de Dilma do que para fazer a luta dos trabalhadores triunfarem. Assim diante desse cenário de polarização nacional e de crise politica que vivemos no país, é fundamental que a CUT rompa com o governo e se dê a tarefa histórica de unificar todas as lutas de diversos setores de trabalhadores que estão se pondo em movimento - como os funcionários da educação de sp – no sentido de impulsionar um grande movimento nacional dos trabalhadores que combata por um lado o ajuste econômico que os governos tanto do PT, do PSDB quanto do PMDB visam descarregar sobre os trabalhadores (cortes na saúde, educação, retirada de direitos trabalhistas etc) e por outro que tire a demanda do combate à corrupção das mãos da direita, de Moro e da PF, colocando-a nas mãos dos trabalhadores organizados únicos que podem investigar e punir todos os corruptos desse regime apodrecido através de juri popular até o fim.




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