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REORGANIZAÇÃO ESCOLAR | Fortalecer as ocupações secundaristas para derrotar o governo

Os secundas provaram que é possível vencer e agora é manter as ocupações de pé, para torcer o braço do governo Alckmin e barrar os fechamentos de escola!

sexta-feira 13 de novembro de 2015 | 10:57

A cada hora que passava a ansiedade aumentava, quantas mais escolas seriam ocupadas? Uma, duas, três, quatro, e chega a liminar de reintegração de posse, o governo Geraldo Alckmin joga sua carta para tentar amedrontar, e mais ocupações: cinco, seis. Saldo do dia, as ocupações de escolas se expandiram e mostraram que tem força para derrotar o governo, a questão que se coloca é, como?

Os secundas provaram que é possível vencer e agora é manter as ocupações de pé! A primeira e mais fundamental das questões é expandir e unificar as ocupações. Ainda que proporcionalmente para São Paulo, que tem aproximadamente 6 mil escolas de ensino médio, 5 a 6 escolas ocupadas não pareça muito, elas conseguiram pautar a situação política no estado, e ser um exemplo para as outras 90 escolas ameaçadas de fechar, se unificam suas forças em atividades comuns, elas podem ser o pontapé inicial para servir de apoio a mais ocupações pelo estado e assim barrar a reestruturação.

Com amplo apoio popular, as ocupações vem ganhando solidariedade de vários setores em luta, com fotos de solidariedade dos trabalhadores do bandejão da USP, dos metroviários, de petroleiros em greve do Rio de Janeiro, dos trabalhadores da Usiminas, de secundas do RS e do RJ, universitários e das mulheres que lutam por seus direitos. Nessa quinta o ato contra a PL5069 e pela legalização do aborto teve seu trajeto modificado, por parte do ato para se encerrar na escola Fernão Dias, os setores governistas petistas que estavam no ano não quiseram unificar. Modificar um ato para fortalecer uma luta real tem um grande peso político, pois, mostram uma unidade.

Alckmin não esperava por essa e não sabe o que fazer para derrotar os secundas!
Quer esgotar a galera para vencer pelo desgaste, porque se reprimir as ocupações vão aumentar. Não a toa o governo intensificou o policiamento na escola Fernão Dias, símbolo do movimento, entregou a liminar de reintegração de posse, tudo para tentar colocar medo e pressionar para que os estudantes desocupem sozinhos. Para nós da Juventude as Ruas é necessário resistir, as ocupações mostraram que tem força e agora é a hora de não cair na pressão do governo e unificar as lutas chamando mais escolas a ocupar.

É possível derrotar a reestruturação escolar se montamos um plano de lutas em todas as escolas, com atos e atividades comuns. Para isso é necessário votar em cada escola representantes de assembléia, que coordenem as lutas, passando nas escolas que ainda não ocuparam para ajudar a coordenar e avançar nas ocupações. Também é necessário unificar com os professores, que com os fechamentos tem seus empregos ameaçados, desde o começo do ano já foram mais de 20 mil professores temporários mandados embora.

Tem um pessoal que finge jogar o nosso jogo, mas está no time adversário. A burocracia do PT, que dirige o sindicato dos professores, está fazendo de tudo para impedir essa unificação junto ao governo do estado, que aceitou a manobra do PSDB de retirar o chamado ao professores estarem nas escolas nesse dia 14, onde estava marcada a reunião com os pais para falar sobre a reestruturação. O PSDB busca desarticular os professores e os estudantes e impedir mais ocupações, enquanto isso o PT nada fala sobre essa manobra, e seu silêncio não é mais do que assinar embaixo dessa medida.

Por isso a unificação política das ocupações é fundamental! Os estudantes precisam chamar os professores para a luta comum, sem nenhuma confiança nem no governo do PSDB nem do PT e suas direções burocráticas nos sindicatos – CUT e CTB – nem nas entidades estudantis governistas– UNE, UBES e UMES.

Não tem arrego, você tira a minha escola, que eu tiro o seu sossego

E é possível ir mais fundo, o fechamento das escolas é também preparar uma classe trabalhadora menos formada e mais precária, já que o desemprego na juventude chega a quase 20%. Querem acabar com nossa vivência, com o nosso passado! Mas resistimos apaixonadamente em defesa de nossas escolas para arrancar deles o nosso futuro.

Nós da juventude as Ruas, nos colocamos todos os dias lado a lado na ocupação, colocamos nossa solidariedade desde o centro acadêmico de serviço social no Rio de Janeiro, o centro acadêmico de ciências humanas da Unicamp, a estudantes da USP, ABC, travamos toda a luta política para que o ato das mulheres terminasse na ocupação Fernão Dias, todas as forças para fazer as ocupações triunfarem.

Avante juventude, as vestes poeirentas dos tempos cabe a nós sacudi-las!

Visite a página Juventude às Ruas no Esquerda Diário: www.esquerdadiario.com.br




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