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DEMISSÕES | Ford fecha planta no ABC deixando mais 600 trabalhadores na rua e mostrando mentira de Doria

terça-feira 29 de outubro de 2019 | Edição do dia

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (dirigido pela CUT), mais 600 funcionários, como já indicava o andamento e as notícias sobre o fechamento da montadora Ford, serão demitidos nesta quinta-feira. Somados aos 1200 que já sofreram esse processo, serão aproximadamente duas mil famílias que passarão a ter mais um desempregado no meio do desemprego desenfreado, que soma 13 milhões de pessoas segundo dados do IBGE.

Após uma coletiva de imprensa no dia 3 de setembro, o governador do Estado de São Paulo João Doria (PSDB) interviu afirmando que com o fechamento da Ford a Caoa (montadora brasileira) iria compar a fábrica e os trabalhadores seriam transferidos. Doria quis capitalizar de forma marqueteira a situação aparecendo como o "solucionador" dos problemas. Porém nada disso foi garantido e o prazo de desfecho das tratativas expirou no último dia 18.

Diante disso, sabemos que o Doria e as empresas não estão nada preocupados com a situação desses trabalhadores, dos rumos que estão colocados: submissões cada vez mais com condições precárias de trabalho (seja ele formal ou não), maiores jornadas de trabalho e agora com a aprovação da reforma da previdência, ainda mais dada a condição de trabalhar até morrer ou morrer de trabalhar, e que significa continuarmos pagando com as nossas vidas a fraudulenta dívida pública que os capitalistas criaram.

Como resposta a isso, os trabalhadores demonstram ter disposição a responderem a tais ataques, porém o papel que as centrais sindicais como a CUT (dirigente do SMABC) vem cumprindo, de confiar na promessa de readmissão ( e consequentemente passar tal confiança aos trabalhadores) e seguir sem nenhum plano de luta construído pelos trabalhadores como resposta de organizá-los em seus locais de trabalho para que deem e sejam os responsáveis por defender os interesses da classe trabalhadora e uma saída por fora das ilusões capitalistas.

Leia também: CUT manda ‘todo mundo pra casa’ diante da demissão de 3200 trabalhadores pela Ford

Estamos vendo o exemplo no Chile, em que a juventude e os trabalhadores com amplo apoio popular está dando um grande exemplo de como responder aos ajustes neoliberais, com uma jornada de luta de classes que nos mostra que é possível garantir emprego e direitos, atacando os privilégios daqueles que vivem do nosso trabalho mas só nos dão migalhas. Quando as principais centrais sindicais como a CUT e CTB (dirigidas pelo PT e PcdoB) não se espelham nos exemplos que podemos ter e seguem burocraticamente freando a luta e apoiando a esperança dos trabalhadores em negociatas as portas fechadas, enquanto trocam o poder da nossa luta com a venda da exploração da nossa força e dos recursos naturais de bandeja, é mais uma comprovação de que necessitamos de uma auto organização e que assim como grande parte dos chilenos, não iremos aceitar migalhas e pra isso a organização da classe trabalhadora alinhada com a juventude irá dar uma resposta independente da burguesia.




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