Nesta segunda (12), os funcionários da CPTM decidiram realizar uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 27 de abril. A falta de reajuste salarial, a demanda por vacina e o descaso por parte de Dória (PSDB) com a categoria na pandemia, responsável pelo crescimento na contaminação e óbitos, são as principais demandas da greve.
quarta-feira 14 de abril de 2021 | Edição do dia
Foto: Diário do Transporte
Os trabalhadores da CPTM decidiram pela greve devido ao descaso do governo de São Paulo que não realiza reajuste salarial desde 2020 e os deixa à própria sorte em meio a crise sanitária sem realizar medidas que combatem as contaminações por Covid-19 entre os trabalhadores.
A greve ocorre no marco de várias mobilizações grevista do setor de transporte público em todo o Brasil como os metroviários de São Paulo, do Rio Grande do Sul que já aprovaram greves para o dia 20 de abril, assim como rodoviários que fazem paralisações por todo o país.
Veja mais sobre:Paralisações e ações de rodoviários se espalham pelo país contra atrasos salariais e mortes por covid
O setor do transporte, essencial durante toda a pandemia e que nunca teve direito ao isolamento, sofre com a falta de mínimas medidas sanitárias, com a superlotação dos transportes públicos e a ausência de materiais como álcool em gel, máscaras adequadas, testagem e liberação dos funcionários com comorbidades e acima dos 60 anos, assim como a ausência de um programa de vacinação que priorize esses trabalhadores que todos os dias correm risco de serem contaminados.
A decisão do sindicato, controlado pela UGT, no entanto é marcada pela divisão de greves que poderiam ser unificadas. Eles convocam a greve dos ferroviários para o dia 27 de abril, ao invés se unirem ao chamado para o dia 20 de abril junto aos metroviários. É preciso que as centrais sindicais unifiquem todas as lutas para enfrentar Bolsonaro, Mourão e os governadores que utilizam da pandemia para ampliar seus ataques contra os trabalhadores.
Leia também: “Organizar a luta pela base, rumo a paralisação do dia 20” - diz Diretora do Sindicato dos Metroviários
