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FEMINICIDIO | Feminicídio bate recorde em SP, entenda como o Estado é o responsável por isso

sábado 14 de outubro de 2017 | Edição do dia

Somente no Estado de São Paulo, entre Janeiro e Agosto deste ano, pelo menos 63 mulheres foram mortas por seus companheiros. Esses crimes se enquadram como homicídio com agravante de feminicídio, que é quando o crime se dá pelo fato de a vítima ser uma mulher, por ocorrer em ambiente de violência doméstica ou por menosprezo da condição de mulher ou discriminação.

O recorde de casos se deu em agosto, quando 12 assassinatos foram registrados no Estado.

Morta pelo marido com quatro tiros, na capital, em 12 de agosto, Geisa Daniele Soares Feitosa, de 30 anos, tinha cinco filhas. No dia 21 do mesmo mês, atingida com dois tiros na cabeça, também na capital, Celina Moura Mascarenhas Gama, de 35 anos, deixou um filho. No mesmo dia, a juíza Cláudia Zerati, de 46 anos, assassinada pelo marido, era mãe de uma menina.

Fechando o trágico mês, no dia 27, mais um caso chocante: a estudante de Psicologia Gláucia Mercedes de Camargo Machado, de 32 anos, foi morta em Angatuba, interior paulista, esgana pelo companheiro. Ela tinha um filho de 15 anos.

A juíza Teresa Cristina Cabral Santana, da 2.ª Vara Criminal de Santo André, diz que o Estado de São Paulo ainda não tem dados que dimensionem quantos são os órfãos do feminicídio por aqui, mas que o Tribunal tem uma preocupação em fazê-lo.

Casos como esses mostram a importância do combate a opressão. O Estado é responsável direto por esses casos, enquanto se veta a discussão sobre sexualidade nas escolas, e alimentam a violência contra as mulheres e os LGBTs. Como declarações de Bolsonaro e o grupo MBL contra obras de artes expondo a nudez, além do apoio ativo ao projeto Escola sem Partido, que é uma censura ao livre conhecimento e a história de luta dos setores oprimidos.




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