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Falta uma esquerda revolucionária para lutar pelas liberdades democráticas

Val LisboaRio de Janeiro

sexta-feira 27 de março de 2015 | 00:00

Na cidade do Rio, com 47,9% (mais de 3 milhões) de negros e pardos, a liberdade religiosa para os adeptos do candomblé e da umbanda ainda é uma necessidade que a democracia dos ricos – governo dos empresários e da casta política hostil ao povo e “cristã” – não cumpriu. Nem cumprirá, pois até mesmo o PT, depois de 13 anos no governo federal, mostrou seu falso progressismo, preferindo aliar-se aos setores reacionários – evangélicos e católicos – para governar para os ricos, com a direita e os conservadores, fortalecendo-os contra os mais básicos direitos democráticos dos explorados e oprimidos.

Esta situação confirma a necessidade de construir uma esquerda revolucionária para defender os direitos democráticos dos trabalhadores, dos pobres, dos grupos sociais oprimidos e da maioria negra (50,7% da população), em ligação com as lutas sindicais por direitos trabalhistas e sociais (moradia, transporte, educação etc.).

Uma esquerda revolucionária, ateia por convicção, em defesa de que a religião deva ser declarada um assunto privado; que cada pessoa deva ser livre para professar e exercer sua religião, ou nenhuma; que o Estado não deve manter vínculo com nenhuma religião, e as sociedades religiosas devem ser associações livres e independentes das autoridades e instituições do estatais, portanto não devem receber subvenção, isenção de impostos ou privilégios do Estado. Enfim, lutar com determinação pela completa separação entre igreja e Estado.

É preciso combater as perseguições religiosas, a violação da consciência das pessoas, uma repetição dos tempos medievais e da inquisição da igreja católica contra outras religiões. A perseguição às religiões africanas joga no lixo a falsidade da “democracia racial”, perpetuando o sofrimento dos escravos e dos negros “libertos” que sempre foram proibidos de exercer seus legítimos direitos democráticos.

Sem encampar a inadiável batalha pelas liberdades democráticas – denunciando e combatendo esse regime político antipopular –, incorporando à luta política da classe trabalhadora os enormes contingentes de oprimidos, a esquerda que fala em uma sociedade sem opressão continuará declamando palavras vazias, sem conexão com a realidade dos explorados e oprimidos.

O Esquerda Diário, impulsionado pela Liga Estratégia Revolucionária, dispõe seus esforços e recursos para contribuir na organização dessa esquerda revolucionária que lute por um governo operário e popular, uma república verdadeiramente democrática, que só pode ser socialista.




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