Quase 2.000 pacientes sofrem com a falta de materiais básicos como bolsas coletoras de fezes e urina em Pernambuco, mostrando o descaso do Estado com a saúde.
quinta-feira 5 de abril de 2018 | Edição do dia
Apesar de não comentar sobre a falta de materiais há 5 meses, o governo admitiu falha na licitação aberta de Janeiro, no contrato onde só conseguiu comprar metade do volume necessário de kits. E que vai abrir nova concorrência, sem dizer prazo.
Pacientes como Altivo Luiz da Silva Júnior, 37, desempregado, recorre a sacola plástica de supermercado presa no abdômen para coletar suas fezes e urinas há pelo menos 5 meses. Sofre com as queimaduras causadas pela cola instantânea usada para colar o material na pele. Conta que já ficou até sem comer por dores das queimaduras.
Altivo é um dos quase 2.000 pernambucanos que estão sem receber o kit com bolsas coletoras, placas, pomadas e adesivos desde Novembro.
São pessoas que ainda não tem respostas do governo se irá receber ajuda.
Geraldo Vilar, o defensor público da União entrou com uma ação civil pública no mês passado contra a gestão do governador Paulo Câmara (PSB) exigindo o bloqueio de R$ 550 mil para compra emergencial e uma indenização por dano moral coletivo. A ação ainda não foi julgada. No mesmo momento que o povo corre risco de contaminação grave por bactérias com a improvisação de bolsas, muitos deixando até de beber água para evitar acidentes, e por isso se desidratando.
Enquanto a população sofre com o completo abandono e falta de recursos nos atendimentos de saúde, o governo golpista segue destilando seus ataques na classe trabalhadora, para sugar dos pobres, e garantir os interesses dos ricos, como com a Reforma Trabalhista que precariza o trabalho. Tendo como instrumento instituições fundamentais para o golpe, como a Polícia Federal, e o judiciário, os capitalistas lucram enquanto a população trabalhadora padece nos hospitais.