Por esse motivo, defendemos o reajuste dos salários e estaremos lado a lado dos trabalhadores e trabalhadoras nessa luta, por melhores condições de trabalho e para que sejam os capitalistas que paguem pela crise. Da mesma forma, fazemos um chamado ao DCE da Unifesp e aos CAs da EFLCH para se aliarem aos professores e todo o conjunto de servidores públicos em greve.
segunda-feira 28 de março de 2022 | Edição do dia
Semana passada, na quarta-feira (24/03), mais de 2 mil servidores públicos da cidade de Guarulhos se reuniram na praça Getúlio Vargas e depois saíram em ato pelo centro de Guarulhos. O reajuste nos salários, que vêm sendo congelados desde o início da pandemia, é o que motivou a mobilização. Diante da intransigência do prefeito, que ofereceu um absurdo de 0%, os servidores demandam um reajuste de 23% dos seus salários, R$ 1.000,00 de vale-alimentação, R$ 250,00 de cesta básica e R$ 150,00 de abono para quem recebe até R$ 2.554,00.
Com a alta dos alimentos e dos combustíveis provenientes da guerra na Ucrânia e da crise sanitária devido a pandemia de covid-19, é desumano deixar os trabalhadores e as trabalhadoras sem um salário digno, enquanto Guti busca favorecer as empresas de serviços terceirizados, que agora ocupam as funções da Proguaru, cujos trabalhadores fizeram uma histórica greve contra o fechamento da empresa pública.
Essa política de ataque às condições de trabalho e sucateamento dos serviços públicos é reflexo de uma política conjunta com os governos de extrema-direita de Bolsonaro e Mourão, que apenas visam o lucro de grandes bancos enquanto descarregam sobre a classe trabalhadora condições precárias de trabalho e salários baixíssimos.
Por isso, nós estudantes da EFLCH (Unifesp) e da Faísca Revolucionária chamamos os estudantes e o conjunto da comunidade universitária para se juntar a essa luta. Que sejam os capitalistas que paguem pela crise, e não os professores, as merendeiras e trabalhadores da educação e dos serviços públicos, como quer o prefeito Guti (PSD) e toda a política burguesa ao qual este partido é aliado.
Muitos dos alunos de nossa faculdade, durante os estágios mas também ao se tornarem professores, fazem das escolas públicas seu local de trabalho. A intransigência em manter 0% de reajuste significa a precarização do ensino e um ataque ao nosso futuro como educadores.
Durante todo seu governo, Guti demonstrou de forma clara que governa somente para a burguesia, enquanto deixa os trabalhadores com salários abaixo da média e enriquece grandes bancos e favorece empresas privadas, e é por isso que os trabalhadores precisam se organizar, para que juntos acabem com essa política classista.
Por esse motivo, lutamos pelo reajuste dos salários e estaremos lado a lado dos trabalhadores e trabalhadoras nessa luta, por melhores condições de trabalho e para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.
Da mesma forma, fazemos um chamado ao DCE da Unifesp e aos CAs da EFLCH para se aliarem aos professores e todo o conjunto de servidores públicos em greve.
É somente com a união da juventude, dos estudantes e dos trabalhadores que conseguiremos travar essa batalha, aliados também aos trabalhadores de Minas Gerais que vêm travando uma forte luta contra o governo Zema e de Kalil por reajustes acima do piso.
Todo apoio à greve dos servidores públicos de Guarulhos!
Por reajuste acima da inflação
