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FMI prevê pior recessão desde a crise de 29; trabalhadores sofrerão desemprego e pauperização

Nesta terça feira dia 14, FMI divulgou um relatório que prevê recessão econômica maior que a recessão de 1929. Um cenário catastrófico que consegue ser pior do que todas as crises recentes, com a perspectiva de aumento gigantesco do nível de empobrecimento e desemprego da população.

quarta-feira 15 de abril de 2020 | Edição do dia

Gita Gophina, economista chefe do FMI divulgou um relatório que nos mostra uma perspectiva cada vez mais obscura ao observarmos por uma visão da classe trabalhadora.

Os dados divulgados apontam retração econômica do PIB mundial de 3%. Com os avanços e reformas neoliberais que estavam sendo aplicados em diversos países em cima da classe trabalhadora, o FMI tinha expectativa de um avanço de 3,4%, ou seja essa retração proporciona um tombo de 6% no crescimento econômico, o que faz essa ser a maior retração econômica desde a crise de 29, quando as economias mundias tiveram um tombo de 10%.

Ao compararmos essa recessão com a de 1929, estamos falando da recessão que colocou o epicentro do capitalismo mundial, os EUA, numa taxa de desemprego de 27% e redução salarial de 50%. Uma crise que descarregou na classe trabalhadora norte americana um peso brutal de fome, miséria e desemprego vindo de um modo de produção caótico que visa apenas os lucros dos capitalistas em detrimento da nossa sobrevivência.

O fundo também estima queda de 5,3% na atividade econômica brasileira em 2020. A projeção anterior apontava crescimento de 2,2% no PIB (Produto Interno Bruto). A entidade internacional também calcula que a taxa de desemprego do país vai alcançar 14,7% no ano.

Da mesma forma, também temos previsões obscuras da ONU, que está prevendo um aumento de 500 milhões de novos pobres no mundo. Enquanto isso verificamos medidas estatais que colocam o dinheiro público que poderia ser investido em testes massivos para a população, fabricação de máscaras e respiradores, condições sanitárias dignas para a população pobre sendo direcionados a grandes bancos dos quais para estes não existe estado mínimo, e o estado se coloca a favor de salvá-los com o dinheiro gerado pelos trabalhadores enquanto libera um auxílio de 600 reais para trabalhadores cada vez mais burocratizado e com denúncias de roubos dos próprios bancos sobre os auxílios.

O pacote de ataques como a MP da morte de Bolsonaro e Guedes para preservar o lucro de empresários teve uma versão parecida aplicada na Argentina com redução salarial defendida pelos grandes empresários ao mesmo tempo em que esses começam a defender que essa redução salarial seja consolidada para sempre tornando o salário dos trabalhadores mais baixo independentemente da superação da crise do COVID-19, assim baixando o nível de vida da classe trabalhadora a condições miseráveis.

A cada dia que se passa nesse período em que estamos na pandemia, o capitalismo e seu estado demonstram suas decadências irreversíveis das quais suas principais sustentações são ataques cada vez mais assassinos em cima da classe trabalhadora e do povo pobre. Um modo de produção desorganizado e caótico do qual apenas gera riquezas para satisfazer a sede de lucros dos empresários mesmo que isso custe nossas vidas. Toda a falácia do estado neoliberal mínimo de que este não deve intervir na economia cai por terra quando a primeira alternativa para salvar os grandes empresários é o dinheiro público gerado pelos trabalhadores enquanto somos atacados com o desmonte da saúde pública, reforma trabalhista, reforma da previdência, precarização do trabalho e diversos outros ataques.

Ou seja, um modo de produção apodrecido que já demonstrou diversas vezes sua face macabra e desumana.

A única ferramenta que possuímos para enfrentar essa crise, é a mais forte; é a força dos trabalhadores a partir da auto organização nos locais de trabalhos para que esses coloquem a produção a serviço dos interesses da população produzindo todos os equipamentos necessários para a prevenção do COVID-19 e o tratamento das pessoas nos hospitais.

Somente os trabalhadores organizados podem ter a força necessária para fazer com que recursos sejam destinados às áreas de urgência, pois eles detêm força para impor uma nova assembleia constituinte livre e soberana para reestruturar as diretrizes econômicas conforme as necessidades da população, não as necessidades dos banqueiros e capitalistas. Para isso precisamos acabar com o pagamento da dívida pública e que esse dinheiro seja direcionado para o orçamento da saúde e outras áreas importantes.




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