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Extrema-direita invade reunião de mulheres sobre racismo e expõe conteúdo ultra-reacionário

"Mulher tem que morrer", diz música de ataque em reunião virtual de mulheres que discutia sobre o racismo e estratégias de combate ao mesmo foi interrompida por um grupo de reacionários que compartilhou mensagens horríveis como cabeças decepadas, um homem se masturbando, suástica e discursos de ódio às mulheres.

sábado 13 de junho de 2020 | Edição do dia

Nessa semana, uma reunião virtual que discutia sobre o racismo e estratégias de combate ao mesmo foi interrompida por um grupo de reacionários que compartilhou mensagens horríveis como cabeças decepadas, um homem se masturbando, suástica e discursos de ódio às mulheres.

Em meio à uma grande luta no mundo e no Brasil, denunciando o racismo e a violência advindos do Estado, tal pauta vem sendo discutida entre as organizações e os setores oprimidos com atividades virtuais e atos massivos para enfrentarem esses elementos. Porém, nos deparamos também com setores reacionários sabotando tais atividades.

Esse odioso acontecimento foi durante uma conferência de aproximadamente 70 pessoas, na última quarta-feira (10/06), onde tal invasão partia de ameaças para inibir esse esforço de discussões. A reunião foi organizada pelo Icom (Instituto Comunitário Grande Florianópolis) e suas organizadoras comentaram que houve cerca de 6 outros ataques virtuais em reuniões e debates por essa via. Foram cerca de 2 minutos dessa cena horrível. Mas, o caso foi denunciado e, como a reunião foi gravada, servirá para processo de investigação e um inquérito será instaurado para tratar sobre o caso.

Como fora dito por uma das organizadoras, não foi a primeira vez que tenha acontecido esse tipo de ataque e não se trata de um fato isolado, mas cuja responsabilidade passa sobretudo do governo e de Bolsonaro, na medida onde o mesmo vem sustentando sua política em base a um discurso de ódio explícito as minorias, ao mesmo tempo que vem encorajando sua base reacionária a agir, invadindo hospitais, numa tentativa de provar o seu negacionismo.

Frente a isso, não podemos mais tolerar essa ofensiva reacionária dessa extrema direita, muito menos o racismo e tantas outras opressões institucionalizadas. É necessário questionarmos profundamente a fonte dessas contradições que não se limitam ao próprio discurso de ódio do Bolsonaro, mas sobretudo, se reproduzem enquanto elementos intrínsecos do capitalismo e desse regime degenerado em que vivemos. Por isso, devemos cada vez mais impulsionar as manifestações que vem se seguindo no país, exigindo para que as centrais rompam de sua passividade e sejam um ponto de apoio para que os trabalhadores entrem em cena com os seus métodos tradicionais de luta e organização, desde uma política com independência de classe e que se embandeira das pautas dos setores oprimidos para enfrentarmos de conjunto a extrema direita e o governo. Mas, não podemos nos limitarmos apenas com a queda de Bolsonaro, o grito de “Fora Bolsonaro e Mourão” deve ser elencado sobretudo com a necessidade de uma transformação profunda, a partir de uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta, na qual a população lidaria com que existiria de mais democrático por dentro do regime em crise e que, pelo desenvolvimento de sua organização, poderia superá-lo para seguir mais a frente contra as opressões ou qualquer tarefa que esse regime é incapaz de cumprir até o final.




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