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CORRUPÇÃO NO RIO | Ex-secretário de saúde de Cabral é preso por esquema de R$ 370 milhões em propina no Rio

Na manhã desta terça-feira (11) agentes da Polícia Federal, da Receita Federal e do Ministério Público Federal efetuaram a prisão de Sérgio Cortês, ex-secretário de Saúde durante o governo Sérgio Cabral (PMDB). Essa medida é parte de uma operação conhecida como "Fatura Exposta", responsável por investigar fraudes e sinais de corrupção no fornecimento de próteses para o INTO (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia).

terça-feira 11 de abril de 2017 | Edição do dia

Além de Cortês, também foram presos os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita, ambos sócios da empresa Oscar Iskin, uma das maiores e principais fornecedoras de próteses da cidade do Rio de Janeiro. Conforme apontam as investigações, o ex-secretário de Saúde teria favorecido a empresa influenciando as licitações com a finalidade de priorizá-la em troca de 10% de propina sobre os contratos assinados, tanto os nacionais quanto os internacionais.

As prisões ocorreram a partir da delação premiada de César Romero, que trabalhava juntamente com o ex-diretor do INTO e foi o responsável por entregar todo o esquema que já contava com o desvio de um total absurdo de R$ 370 milhões. A delação foi homologada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.

A partir dessa propina, o valor total percentual seria dividido da seguinte maneira: 5% seria destinado ao ex-governador do PMDB, Cabral, 2% ao próprio Cortês, 1% para o delator César Romero, 1% iria para o TCE (Tribunal de Contas do Estado) e o 1% final daria cabo dos custos para sustentar o esquema criminoso. Caberia às empresas e membros envolvidos atuarem conjuntamente para eliminar a competitividade e favorecer sempre a Oscar Iskin.

Cortês iniciou como médico do INTO em 1990 e foi diretor de 2002 até 2006, até tornar-se o secretário de Saúde no ano de 2007 durante o governo Cabral, onde permaneceria até 2013. Ele e os demais empresários serão indiciados por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.




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