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MANIFESTAÇÕES PUC | Estudantes repudiam repressão na PUC-SP

Na noite dessa segunda-feira, 21, ocorreu um ato a favor do impeachment da presidente Dilma Roussef nas proximidades do campus da PUC-SP. Um grupo de estudantes da PUC reagiu, e se reuniu próximo ao outro ato para se manifestar contra o impeachment e sua saída reacionária. Os dois grupos trocaram acusações e palavras de ordem, até a intervenção da Polícia Militar. Esta reprimiu apenas a manifestação contra o impeachment, atirando balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio, inclusive dentro da universidade.

quarta-feira 23 de março de 2016 | Edição do dia

Ato na PUC na manhã dessa terça

Entidades estudantis se posicionaram contra a atitude repressiva da PM. O Centro Acadêmico de Relações Internacionais (CARI) da PUC lembrou a invasão do campus pela polícia em 1977 durante a ditadura militar, a mando do secretário de segurança pública Erasmo Dias e levaram cerca 700 estudantes para a prisão e afirmou que desde junho de 2013 vemos um aumento da repressão às manifestações. Os estudantes exigiram um posicionamento da reitoria da universidade sobre os fatos, e repudiaram a declaração do Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, de que a atuação da PM teria sido correta.

Na manhã dessa terça-feira, 22 estudantes realizaram um ato em frente à reitoria da PUC, na Rua Monte Alegre, em repúdio à truculência na manifestação contra o impeachment e para exigir esse posicionamento diante da selvageria policial, que afetou estudantes, professores e funcionários, ainda na noite do mesmo dia de hoje os estudantes realizaram outro ato com a mesma pauta.

Foto de Lucas Martins. Ato na PUC na noite dessa terça

A postura da polícia e do governo Alckmin é claramente favorável às manifestações pró-impeachment. Quando a juventude e os trabalhadores se manifestam contra a reorganização escolar ou o aumento das passagens do transporte público, recebem repressão. Quando é a direita verde e amarela que vai às ruas, podem interditar e até acampar na Avenida Paulista por mais de 36 horas sem incômodo e recebem passe livre no metrô.

Foto de Alice V. Policiais militares atirando em direção à PUC-SP na noite dessa segunda

É preciso combater a violência policial e também essa manobra reacionária que é o impeachment. Os estudantes da PUC deram um exemplo de resistência. As imagens de armas apontadas para a universidade mostram o quanto a direita quer nos atacar para impor seu projeto para o país. Cabe aos trabalhadores e estudantes resistir e lutar de forma independente, fortalecendo e somando com a luta dos secundaristas de SP e RJ, seguir o exemplo de diversos setores que se levantam hoje no país contra os ajustes e precarização da vida, sem esperanças no PT, que hoje é o governo dos ajustes e cortes dos programas sociais de inclusão nas universidades como FIES e ProUni e responsável por abrir espaço para esses que agora vão para as ruas pedir o impeachment.

Foto de Lucas Martins. Ato na PUC na noite dessa terça




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