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NATAL DOS SECUNDARISTAS | Estudantes passam o Natal em escolas ocupadas

As escolas que se mantêm ocupadas em São Paulo tiveram ceias de Natal na noite do dia 24 contando com apoio da população - e com meninos na cozinha.

Flávia ToledoSão Paulo

sábado 26 de dezembro de 2015 | 00:01

Para os estudantes secundaristas, até o Natal é data de luta. Mantendo as ocupações contra a reorganização escolar e por melhorias efetivas na educação pública em algumas escolas do estado, como a Fernão Dias Paes e a João Kopke, os estudantes secundaristas fizeram ceias de Natal na noite do dia 24, contando com doações da população e muito apoio.

Na página da Ocupação da E. E. Fernão Dias Paes, o recado é muito claro: “Estamos aqui, provando que realmente não somos de ferro, somos de aço! Mas já estamos em processo pra ser de grafeno (material 100 vezes mais forte que o aço.)” É esse o “espírito natalino” dos estudantes que colocaram o Governador Geraldo Alckmin contra a parede e provaram que escolas acolhedoras são possíveis e que educação de qualidade a serviço da população tem que estar nas mãos daqueles que estudam e trabalham.

(Foto dos estudantes do E. E. Fernão Dias preparando a ceia de Natal)

Nas escolas ocupadas, a confraternização foi uma das muitas atividades que farão os estudantes nunca mais olharem as escolas da mesma maneira. Atividades como essa nas escolas ocupadas são a prova de que os estudantes seguem mobilizados e organizados, ao contrário do que a grande mídia quer fazer acreditar.

E seguindo a tônica das ocupações, onde durante todo o tempo meninos e meninas dividiram as tarefas de limpeza, segurança, organização questionando os papéis de gênero, os meninos estavam nas cozinhas garantindo as ceias das ocupações, rompendo com a lógica de que a cozinha é um lugar feminino.

Mudanças como essa, de questionamento da ordem das coisas, e as várias melhorias estruturais nas escolas que os estudantes em semanas garantiram, a despeito dos vários anos de promessas vazias do governo, são o grande presente que os estudantes secundaristas nos deixam no que é apenas o começo de uma grande luta em defesa da educação. Sigamos o exemplo dos secundaristas de São Paulo e de Goiás para travar uma forte luta pela educação em 2016!




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