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REORGANIZAÇÃO ESCOLAR | Vídeos | Estudantes e pais protestam no Palácio dos Bandeirantes contra fechamento escolar

Neste dia 15 de outubro, centenas de alunos de diversas escolas da rede pública de São Paulo reuniram-se para protestar, com muita energia, contra a reorganização escolar por parte do governo Alckmin.

sexta-feira 16 de outubro de 2015 | 00:30

O ato aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Pais, mães, avós e alunos fizeram cantos e palavras de ordem contra o fechamento de salas de aula e de escolas inteiras. Com um ímpeto impressionante, os alunos, acompanhado de professores da rede, entoaram cânticos contra o fechamento das escolas: "Contra todo governador que minha escola quer fechar/ Os estudantes vieram aqui pra poder reivindicar/ O direito dos estudantes que pagam imposto sem parar/ Não temos medo de acabar/ Se é corrupto eu vou gritar/ Nossa corrente é forte e jamais se quebrará/ Pela escola, com muito amor/ Até fim, estudante eu sou, não vou parar de gritar: minha escola não vai fechar!"

O governador não deu as caras para explicar aos alunos por que vai precarizar ainda mais as condições da vida escolar e separar milhares de alunos de suas escolas do bairro.

Momentos depois, estudantes da USP e distintas organizações da esquerda chegaram ao Palácio depois de marchar pela marginal e deter o trânsito, em apoio aos secundaristas.

Alunos da E.E. João Martins disseram que a reorganização é uma "palhaçada", e questionaram o governador Alckmin, "como não é com os filhos deles, eles estão pouco se lixando". "Temos de mostrar nas ruas que o governador não tem direito algum de fechar nossas escolas," rematou outro aluno.

Uma avó de aluno, Regina, também protestou contra os fechamentos. "O governo está querendo mudar os alunos de uma escola pra outra, sem nós sabermos onde eles vão colocar nossas crianças. As nossas crianças estão precisando é de uma boa educação; ao invés disso, ele [Alckmin] quer mudar a situação, ele quer piorar o ensino dos alunos, porque muitos alunos é capaz que terão de deixar de ir pra escola porque não tem condições de pagar passagem de ônibus, nem de estar indo pra outra escola".

Esta raiva de pais, avós e alunos, de toda a comunidade escolar, se alastra por muitas cidades do estado de São Paulo, onde atos de alunos secundaristas estouram espontaneamente, concentrando centenas e até milhares de estudantes nas principais avenidas das capitais. Este ajuste contra a educação pública não e feito apenas pelo PSDB. Dilma e o PT estão fazendo exatamente o mesmo em distintas cidades a nível nacional, como em Contagem-MG, em que estão fechando escolas e salas no melhor estilo tucano.

O governo só pode realizar um tamanho ataque contra a educação e os professores por que existe um grande acordo nacional envolvendo a burguesia brasileira e todos os partidos políticos do regime, incluindo o PT e o PSDB, de que é necessário fazer a classe trabalhadora pagar o preço da crise. Lembremos que na Pátria Educadora de Dilma foi onde se cortou bilhões da educação, congelou a contratação e o reajuste dos servidores nacionais, entre outros importantes ataques.

A burocracia sindical da APEOESP (CUT-PT) fecha os olhos diante desta calamidade, adiando as mobilizações e afastando professores e estudantes, desarticulando as escolas para que não se unifiquem num plano de luta comum para barrar a reorganização escolar.

Ao contrário deles, nós achamos que é possível derrotar este ataque. Unificando todas as escolas da rede pública e a comunidade escolar como um só punho, com independência dos governos, em forte aliança dos professores com os trabalhadores não docentes (limpeza, merenda, agentes escolares), é possível criar as condições para a educação pública começar a virar o jogo.




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