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PARALISAÇÃO NA FEDERAL DE SÃO CARLOS | Estudantes, docentes e técnicos administrativos da UFSCar unificam a luta contra o governo golpista de Michel Temer e paralisam as atividades

Os estudantes do curso de Ciências Sociais da UFSCar convocaram uma Assembléia, também composta por docentes e técnicos administrativos, ontem (18/05) para discutir um posicionamento e possível mobilização acerca do cenário político nacional. No entanto, o quórum, de aproximadamente 400 pessoas, reuniu uma pluralidade de cursos e as mobilizações se estenderam a toda comunidade acadêmica.

sexta-feira 20 de maio de 2016 | Edição do dia

As principais deliberações foram:

  •  Uma paralisação de 4 dias, com piquete, para mobilizações e ocupações políticas na universidade a partir de 19/05, com indicativo de greve;
  •  Assembléia Geral marcada para o dia 23/05, segunda-feira, às 18h na reitoria;
  •  Criação de um grupo para ampliar a comunicação e uma carta unificada referente ao desdobramento da Assembléia;
  •  Construção de uma agenda de atividades durante as paralisações.

    Com a unificação de diversas frentes de esquerda e coletivos, os pontos mais relevantes que levaram à organização da paralisação consistem em: não reconhecer o governo atual como legítimo, assumir que houve golpe, em repúdio às medidas adotadas por Temer como o programa “Ponte para o Futuro”, a nomeação de ministros investigados pela Lava-Jato, os cortes propostos para áreas fundamentais como educação e saúde, a implementação de mensalidades na pós-graduação de Universidades Públicas Federais que será votado pela Câmara dos Deputados – medida que abre brecha para a posterior privatização da graduação dessas instituições, o apagamento de direitos sociais de minorias, como mulheres, negros, indígenas, LGBTs; a extinção de ministérios como o da Cultura, da Ciência e Tecnologia, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

    Ademais, vale ressaltar que medidas, como a possível privatização dos programas de pós graduação das Universidades Públicas Federais proposta pelo novo ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho, filiado ao DEM (Democratas) que historicamente se contrapôs à cotas sociais e raciais para estudantes, compõem uma série de ataques aos direitos conquistados pelos discentes que afetarão diretamente a UFSCar e demais instituições públicas de ensino. Destarte, é fundamental essa mobilização contra o sucateamento da educação pública e em repúdio à restrição do acesso à universidade, que deve ser ocupada por todos e todas, contemplando os diversos setores da população brasileira.

    Assim, apesar de alguns posicionamentos do corpo discente contrários à paralisação, as atividades estão ocorrendo hoje (19/05) contando com a presença de docentes que estão realizando aulas públicas, compondo rodas de conversa e panfletagem para esclarecer os motivos que sustentam o movimento. Com isso, temos a finalidade de massificar a luta para que seja viável a construção de uma greve geral na universidade.

    A reitoria não se manifestou contrária à paralisação, entretanto, esperamos um posicionamento preciso a respeito dos acontecimentos.

    CONTRA OS ATAQUES EMPREENDIDOS PELO GOVERNO GOLPISTA DE MICHEL TEMER!
    CONTRA A PRECARIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO!
    GREVE GERAL JÁ!

    Bruna Diniz
    Gabriela Marcurio
    Leonardo Silva
    Daniele Soares

    Estudantes do segundo ano de Ciências Sociais




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