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PARALISAÇÃO PROFIS UNICAMP | Estudantes do ProFIS paralisam seu curso com muita sede de luta e disposição

Na terça-feira, dia 29/09, os estudantes do ProFIS paralisaram suas atividades em função de um corte de bolsas que se iniciaram com o terceiro ano e agora se demonstra em ataque para o segundo ano que tera que passar por uma avaliação socio-econômica que vai retirar a bolsa de muitos que precisam e cortes no passe universitário pela transurc que afirma que o curso deles é inválido. Com fortes atos e muita disposição, eles construíram um dia de paralisação que mostrou a reitoria que os estudantes do ProFIS não estão dispostos a pagar por esses cortes e não vão se submeter a lógica da reitoria de cortes e precarização de seu curso.

quarta-feira 30 de setembro de 2015 | 00:51

O dia de paralisação começou cedo, com piquete nas salas de aula, para garantir a paralisação, e muita agitação e palavras de ordem que marcaram todo o dia de mobilização inclusive, mostrando a garra desses estudantes. Após a garantia das salas fechadas, foi direcionado para confecção de cartazes para o ato programado que sairia de frente do restaurante universitário e iria até a reitoria, onde estava sendo realizado o CONSU, conselho universitário, o órgão máximo de deliberação da universidade.

Chegando lá, em cerca de 50 pessoas, cantando fortemente: NÃO VAI PAGAR, NÃO VAI, NÃO VAI PAGAR, PELA CRISE O PROFIS NÃO VAI PAGAR, querendo combater a reitoria em função da discussão das bolsas, inclusive um local que deveria ser acessado por todos os alunos, ocorrendo de portas fechadas, os estudantes queriam entrar para ouvir e discutir com o Pró-reitor, o porquê de suas bolsas estarem sendo cortadas enquanto tem mais de 800 supersalários na Unicamp. Com isso, as representantes discentes do CONSU, tentaram coloca-los para dentro, sendo recebidas com total truculência por parte dos seguranças do “Campus Tranquilo” e sendo impedidas de entrar na reunião novamente por defender a entrada desses estudantes.

Porém isso em momento algum tirou a animação dos estudantes, que inclusive depois conseguiram mandar dois representantes para dentro que mostraram e colocaram o que estava acontecendo com eles em perspectiva e conseguiram marcar uma reunião de representantes do seu curso com a pró-reitoria para conversar sobre a situação que a reitoria continua a afirmar que não existe.

Após essa conquista de conversa amanhã, que pode não significar nada inclusive, retorna-se em ato até o restaurante universitário, onde ocorre uma intervenção para que os estudantes saibam dos absurdos que ocorrem no ProFIS e que não é um dia qualquer na universidade que nessa terça, tinha ProFIS na luta. Após isso, mais piquete para garantir as aulas da tarde, em que inclusive, eles se colocaram em total apoio a greve dos trabalhadores da prefeitura da USP, colocando a importância do apoio entre os setores em luta e tirando foto para campanha de solidariedade.

No fim, esse dia de total animação e luta por eles, foi um importante passo para a mobilização dos estudantes da Unicamp. Inclusive, colocando a importância dessa luta se ampliar, por isso o importante apoio que levou o CACH, única entidade presente, estando ao seu lado o dia inteiro, participando de suas atividades, levando faixas em total apoio a sua luta, mostrando o quanto tem de haver uma ampla solidariedade e unificação desses setores em luta.

Localizando um pouco melhor, o ProFIS é o famoso modelo de inclusão sem cotas da Unicamp em que as duas melhores notas das escolas de Campinas no ENEM que entram na universidade. O programa que a reitoria tanto presa e elogia e que acaba sendo um dos cursos mais precários da universidade, já que conta apenas com alunos de escola pública, com uma parte significativa de negros e negras, alguns dos poucos que conseguem entrar na universidade. Em função de todo esse histórico, também acabam sendo um dos primeiros a serem atingidos pela crise, assim como as licenciaturas, os estudantes da moradia, as mães da universidade, os demais bolsistas. Por isso, os demais setores que estão sendo atingidos pela precarização da universidade têm de tomar a luta e a força do ProFIS como exemplo para a sua luta e dessa forma unificando esses setores para um enfrentamento forte contra essa reitoria elitista que não quer os estudantes de escola pública aqui dentro, pois corta sua bolsa de míseros 400 reais, que não quer estudantes da moradia, pois a cada dia ela vai ficando em condições mais precárias, com sua rede elétrica totalmente danificada, sem nenhuma perspectiva de concerto, por isso é necessário que o exemplo desses, sejam transmitidos aos demais estudantes para que esses possam também levantar as suas bandeiras.




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