Nesta quarta-feira estudantes do Cristovão de Mendoza, que estão sendo perseguidos e ameaçados por pais apoiados por grupos de extrema direita participaram de audiência com a promotora Simoni Martini. Participaram também da reunião membros do Conselho Tutelar da região norte da cidade.
quinta-feira 7 de julho de 2016 | Edição do dia
A promotora se comprometeu a encaminhar oficia junto a secretaria de educação do estado, solicitando ao secretario providencias para que a normalidade volte à escola e recomendou que os autointitulados “pais do bem” se retirem imediatamente da escola. Além dessas iniciativas o Conselho Tutelar protocolou junto à 4ª CRE um pedido de sindicância contra a diretora da escola, por ser conivente com as agressões sofridas pelos estudantes.
Publicamos abaixo uma entrevista com Paulo Rodrigo Toledo Inda, integrante do Conselho Tutelar.
ED: Como o Conselho Tutelar foi recebido no Cristovão de Mendoza?
Fomos fazer a fiscalização na segunda-feira, fomos recebidos pela diretora, a diretora no começo ficou um pouco incomodada com a presença da Conselho, mas conseguimos fazer a fiscalização. Ficamos lá toda a manhã fazendo a fiscalização.
ED: Qual a importância da reunião do ministério publico e o que vocês trouxeram para a promotora analisar?
Paulo Rodrigo: Os direitos que estão sendo violados. Essa reunião foi importante para garantir a segurança de todos os alunos do Cristovão. Tomar algumas medidas que possam garantir a segurança dos alunos e que possa voltar o estado de paz nessa escola.
ED. O que mais o Conselho pode fazer?
PR: O Conselho fez todo o relato que tinha que fazer, vau pegar o relato da escola, vai pegar o relato dos alunos, encaminhar para a secretaria de educação, e que essa justiça restaurativa aconteça o mais rápido possível.
ED. Que tipo de direito dos alunos da ocupação foi violado na sua opinião?
PR: O direito que está sendo violado é a intimidação por parte de alguns pais, a policia ter usado de força pra conduzir esses adolescentes até a policia, então como Conselho estamos tomando atitudes para que cessem essas violências contra os estudantes.
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