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MAIORIDADE PENAL CAMPINAS | Estudantes da Unicamp se manifestam no centro da cidade contra a redução da maioridade penal

Nesta quinta feira, estudantes da Unicamp, cumprindo deliberação da última assembleia geral, fizeram uma manifestação no centro da cidade em repúdio a redução da maioridade penal.

Guilherme ZanniProfessor da rede municipal de Campinas.

quinta-feira 25 de junho de 2015 | 23:30

Com o intuito de dialogar com a população da cidade, estudantes do Centro Acadêmico de Ciências Humanas da Unicamp (CACH), única entidade estudantil que compôs o ato, estenderam uma faixa com os dizeres “O governo quer a juventude atrás das grades! Ser jovem não pode ser crime! Contra a Redução!”, e junto com outros estudantes da Unicamp, secundaristas e até conselheiros tutelares, que estavam presentes, entoaram cantos como “contra a redução, vamos lutar por mais educação” e “NÃO! NÃO! Não a redução! A juventude quer viver e quer ter educação”, o que despertou o apoio de pessoas que voltavam pra casa no fim da tarde. Motoristas buzinaram em apoio, entre eles um motorista de ônibus se destacou.

Algumas pessoas se somaram a manifestação, entre elas o conselheiro tutelar Renato Fonseca, que se posicionou contra a redução da maioridade penal e ainda disse “Sou radicalmente contra qualquer mudança que venha a ser feita no Estatuto da Criança e do Adolescente que seja para prejudicar o jovem, o adolescente e a criança do Brasil. Sou contra a redução da maioridade penal e contra o aumento do tempo de permanência do adolescente recluso na fundação casa”.

Há uma semana, o governo Dilma (PT), que até então se dizia contra qualquer ataque aos jovens reclusos, negociava aumentar a pena de 3 para 8 anos aos menores de idade. Essa posição demonstra o falso progressismo desse partido, que ao se dizer contra a redução, se preocupa em negociar com os setores conservadores como atacar a juventude. Enquanto isso as entidades ligadas ao governo, como a UNE que dirige o DCE da Unicamp, cuja a gestão não construiu nenhum dos dois atos impulsionados a partir de assembleia dos estudantes, e nesse último, chegou quando o ato terminava, não se preocupam em construir e realmente mobilizar os estudantes para essa batalha, que pode culminar num ataque a toda a juventude, principalmente a juventude negra e periférica.

No próximo dia 30, será votado em primeira instancia na Câmara dos Deputados o projeto que propõe a redução da maioridade penal. A juventude aliada aos trabalhadores tem de se organizar a partir das escolas, universidades e locais de trabalho, e assumir essa grande tarefa, que é barrar esse ataque. Para isso é preciso superar a adaptação de parte da esquerda que, ao não construir iniciativas como esse ato, por exemplo, não ambicionam dialogar com amplos setores da sociedade e ganhar corações e mentes para a luta por uma juventude tenha direito à vida, a saúde, educação, cultura e lazer e não tenha um futuro terceirizado e atrás das grades.




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