Na UFRGS diversos estudantes reúnem-se em fotos para perguntar agora: quem mandou matar Marielle? Esse assassinato é uma ferida aberta do golpe institucional que levou o reacionário Bolsonaro ao poder. O Estado é responsável pela morte de Marielle, e pela ausência de justiça em processos que acontecem “por debaixo dos panos” para preservar as identidades dos mandantes.
quinta-feira 14 de março de 2019 | Edição do dia
Estudantes de Artes
Nessa quinta feira, 14 de março, as mortes brutais de Marielle Franco e de Anderson Gomes completam 1 ano. Poucos dias antes, foram presos dois suspeitos por executarem o assassinato: PM reformado Ronie Lessa (48 anos) e Élcio Vieira de Queiroz (46 anos), ex-policial. Ambos são rostos conhecidos pela própria polícia como milicianos e matadores profissionais.
Mesmo com todas as evidências de que se trata de um assassino contratado, querem nos fazer acreditar que a morte de Marielle foi um crime de ódio por parte dos PMs motivados "por repulsa às causas que Marielle defendia" e assim apresentar uma linha que distancie o assassinato das verdadeiras causas políticas que evidentemente o motivaram. As principais cabeças, os mandantes do crime de fato, não são revelados pela investigação.
Mais que nunca é preciso exigir verdade e justiça para Marielle Franco. Na UFRGS diversos estudantes reúnem-se em fotos para perguntar agora: quem mandou matar Marielle? Esse assassinato é uma ferida aberta do golpe institucional que levou o reacionário Bolsonaro ao poder. O Estado é responsável pela morte de Marielle, e pela ausência de justiça em processos que acontecem “por debaixo dos panos” para preservar as identidades dos mandantes.
Por isso é preciso exigir que as investigações saiam das mãos do Estado, suas polícias e suas instituições! Só será possível fazer justiça e chegar aos mandantes do assassinato com uma forte mobilização que imponha ao Estado uma investigação independente, com as instituições garantindo a disponibilidade de materiais, arquivos, dados e aporte financeiro para organismos de direitos humanos, entidades estudantis e sindicais e peritos especialistas comprometidos com a resolução desse crime bárbaro.
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