Estudantes de direito da Estácio do campus West Shopping em Campo Grande organizaram um momento de homenagem em solidariedade aos seus professores demitidos.
quinta-feira 14 de dezembro de 2017 | Edição do dia
Foram mais de 1200 professores demitidos em todo o país e cada um deles carrega sua história na instituição. Se para a Estácio as demissões desses profissionais representa cifras mais lucrativas e para o governo uma conquista da implementação da reforma trabalhista, para os estudantes a contribuição de cada um representa passos num sonho em busca de educação de qualidade e realização profissional.
Estudantes de direito do campus West Shopping em Campo Grande organizaram nesta quarta-feira (13) uma homenagem aos seus professores demitidos. Um gesto de solidariedade e carinho, no marco de uma luta necessária para reverter as demissões.
Esses mesmos estudantes protestaram no campus exigindo explicações e a revogação das demissões no começo da semana passada e junto com estudantes de diversas outras unidades compuseram o ato que ocupou ruas do centro do Rio para denunciar a arbitrariedade das demissões.
O professor de história do direito, Cláudio Freitas, foi o primeiro a falar e relembrando a forma como entrava em sala falou sobre a diversidade e desafios pedagógicos numa universidade privada, ética, lógica de busca de lucro desenfreada da intuição e terminou agradecendo o carinho e ressaltando o valor do livre pensamento e da crítica.
A professora Christiane Lofrano falou sobre a dor de se sentir descartável depois das demissões e a importância do carinho e apoio dos estudantes que se mobilizaram para enfrentar junto esse momento difícil.
Estudantes também se manifestaram mostrando sua revolta e a importancia de seguir a luta para ter seus professores de volta.
O professor Gilson ressaltou o prazer de ter conhecido os estudantes e a sua disposição em ajudar mesmo de longe. Terminou falando sobre a possibilidade de junto a outros professores demitidos organizarem um curso preparatório para a prova da OAB e foi aplaudido pelos estudantes.
A mobilização contra as 1200 demissões precisa seguir como exemplo de resistência contra a reforma trabalhista e um plano dos empresários mais ricos do país para descarregar os custos da crise sobre as costas do trabalhadores e jovens. Veja os vídeos de apoios que essa luta está recebendo de vários lugares do país e mande também o seu para o Esquerda Diário.
Para entender melhor: As demissões da Estácio fazem parte da destruição da educação em nome do lucro