Nessa terça-feira, 15/03, os estudantes da EACH/USP Leste fecharam a rodovia Ayrton Senna contra os cortes da reitoria na permanência estudantil.
quarta-feira 16 de março de 2016 | 00:00
Cerca de 200 pessoas de diversos cursos da EACH, com o apoio de estudantes do campus butantã, de uma delegação de professores da rede estadual e trabalhadores da USP, se reuniram na unidade da zona leste por volta do 12h00. Em ato pelos corredores da EACH, os estudantes fizeram uma intervenção do bandejão, e logo após seguiram para a rodovia Ayrton Senna onde fecharam totalmente, por cerca de 30 minutos, a via expressa no sentido que leva ao Aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos.
Fazem 20 dias que os estudantes da USP Leste estão acampados na universidade em defesa do auxílio transporte que a reitoria cortou de todos os campi da capital. Alegando que não poderia devolver o auxílio transporte para a unidade porque seria duplicidade de pagamento, já que a prefeitura municipal possuí um programa de passe estudantil gratuito, a reitoria modificou a nomenclatura do auxílio para “apoio manutenção”. Diante da pressão exercida pelos estudantes, a reitoria voltou atrás e devolveu o auxílio, porém com a validade de apenas 10 meses, o que não responde as demandas dos estudantes.
Todo ano a reitoria tenta cortar gastos com permanência estudantil na universidade. No ano passado a reitoria tentou tirar da EACH o direito ao acúmulo de auxílio moradia no valor de R$400,00 e do auxílio transporte no valor de R$ 200,00, que os estudantes usam pra complementar o aluguel e também para se deslocar pela cidades metropolitanas de São Paulo. Isso só não foi possível em razão da forte mobilização dos estudantes. Esse ano a reitoria também atacou os estudantes. Agora a luta na EACH é para tornar esse “apoio manutenção” permanente. Para isso é necessário que a reitoria crie uma portaria no diário oficial para regularizar esse “novo auxílio”.
Os estudantes enviaram a mensagem: não vão aceitar a elitização da universidade, os cortes na permanência estudantil não vão passar. Os pretos, pobres e periféricos vão permanecer na universidade mesmo que isso não agrade essa casta de burocratas que está na reitoria. A luta na EACH deve servir de exemplo para todos os estudantes da USP. O DCE Livre da USP precisa jogar todas as suas forças para que essa luta triunfe, e sirva como um motor para a construção de uma forte mobilização.
