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Breque dos Apps | Entregadores fazem ato pela aprovação de PL por melhor condições de trabalho em Brasília

Hoje, 15 de setembro, entregadores de aplicativo fizeram uma carreata em Brasília pela aprovação do PL 1665/2020 na Câmara Federal e pela aprovação, sem nenhum veto de Ibaneis, do PL 937/2020 na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Rosa Linh Estudante de Ciências Sociais na UnB

Jéssica SchülerDoutoranda em Ecologia pela UnB

terça-feira 15 de setembro de 2020 | Edição do dia

Hoje, 15 de setembro, entregadores de aplicativo fizeram uma carreata em Brasília que contou com várias representações de onze estados mais o Distrito Federal pela aprovação do PL 1665/2020 na Câmara Federal e pela aprovação, sem nenhum veto de Ibaneis, do PL 937/2020 na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A carreata foi da Praça da Cruz, em frente ao Memorial JK, até o Palácio do Buriti, sede do governo do multimilionário Ibaneis Rocha.

O PL 1665/2020 trata sobre garantir direitos da categoria em tempos de pandemia, como por exemplo assegurar a contratação de seguro acidente e de contaminação pagas pela empresa, assistência financeira durante eventual período de afastamento/quarentena, distribuição de EPIs, entre outros direitos básicos e fundamentais. Esses direitos básico e elementares nunca foram assegurados pelas empresas de aplicativos ou pelo governo.

Já o PL 937/2020 trata dos chamados pontos de apoio, locais estratégicos em que os entregadores poderiam deixar suas bicicletas para poderem pegá-las durante as horas de trabalho. Boa parte dos ônibus do DF e entorno não aceitam que os entregadores levem suas bicicletas nas viagens, o que obriga muitos desses trabalhadores precários a pedalarem dezenas de quilômetros até a capital federal. De Valparaíso do Goiás até a Asa Norte, no Plano Piloto, por exemplo, são mais de 40 quilômetros. Em meio ao pico da seca e diante de uma doença respiratória tal qual a COVID-19, essas condições de trabalho são absolutamente desumanas e refletem a precarização do trabalho, algo que se intensifica diante da crise capitalista.

A gestão de Bolsonaro e seu aliado Ibaneis da crise sanitária tem sido catastrófica. Não há a testes massivos para a população, indispensável para uma quarentena ampla e racional, não há nenhuma garantia para os trabalhadores, que seguem sendo demitidos e tendo seus salários reduzidos, não há acesso adequado ao auxílio emergencial de R$ 600, já insuficiente e que será cortado pela metade, e não há qualquer tipo de controle sobre os preços dos alimentos que chegam a valores absurdos. Com medo da fome, mesmo diante de altas taxas de contaminação e milhares de mortes devido a pandemia, inúmeros trabalhadores acabam em trabalhos precários e sem direitos, como é o caso dos entregadores.

Nessa medida, o Esquerda Diário esteve junto à luta dos entregadores hoje prestando toda a solidariedade à categoria. Para além disso, estamos apoiando ativamente e impulsionando uma rede nacional de trabalhadores precarizados. A primeira reunião nacional foi realizada no dia 2 de agosto e pode ser vista em mais detalhes aqui e aqui.

A luta por direitos e contra a precarização é de todos os trabalhadores e precisa do apoio das centrais sindicais. Por isso fazemos um chamado à CUT e ao CTB para que se solidarizem com essa luta e promovam a unidade da luta dos entregadores com a dos trabalhadores dos Correios. A saída para essa crise é anticapitalista e está na unidade da classe trabalhadora.

O Esquerda Diário faz um grande chamado a todos os trabalhadores e trabalhadoras precarizados, entregadores de apps, empregadas domésticas, terceirizado entre outras categorias - para a construção dessa rede de precarizados! Haverá uma reunião de conformação para a construção dessa rede no dia 27/9, domingo.

Caso esteja interessado em participar ou obter mais informações, mande uma mensagem para [email protected]!




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