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ENTREGADORES | Entregadores do aplicativo Rappi paralisam na cidade de Recife

Mais uma manifestação de revolta com as condições de trabalho dos entregadores de aplicativo. Desta vez no bairro de Boa Viagem, na capital pernambucana, manifestantes param os serviços do Carrefour Boa Viagem e na unidade da Av. Domingos Ferreira.

terça-feira 9 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Foto: Reprodução YouTube

Motoristas que prestam serviço para a empresa Rappi na cidade de Recife paralisaram hoje (9) e fizeram protesto com cerca de 50 trabalhadores em frente à sede da empresa no bairro de Boa Viagem reivindicando o aumento do valor da taxa de entrega e contra o bloqueio indevido que a Rappi faz quando o motorista escolhe não pegar o pedido por qualquer motivo.

Segundo os trabalhadores, por vezes, a empresa chega a acumular pedidos, e pagam apenas R$ 4,00 por 9km rodados. Esse valor é extremamente baixo, obriga os trabalhadores a cumprirem jornadas extenuantes para receber no final do mês um salário de fome.

"Estamos reivindicando os nossos direitos, pois a Rappi está escravizando os entregadores. Gente pegando pedidos de seis, sete carrinhos pagando 4 reais. Isso não existe". Os protestantes disseram que só voltam a realizar entregas pela cidade quando essa situação for resolvida.

Além do valor da taxa, outro ponto que levou os entregadores a paralisar na manhã de hoje é o fato de a empresa ter a liberdade de bloquear um entregador sem informar nem mesmo o motivo ou por quanto tempo isso irá ocorrer. Isso coloca os trabalhadores em posição de vulnerabilidade e competição uns entre os outros. Mal podem parar para se alimentar ou descansar que correm o risco de ser colocados para trás pelo aplicativo.

Não é a primeira vez que trabalhadores precarizados de aplicativos tem de se organizar contra as empresas. No ano passado foram duas grandes paralisações em diversas cidades do país. O Breque dos Apps foi uma forte demonstração de tomada de consciência por parte dessa juventude precarizada. “Não somos empreendedores, somos trabalhadores” disse um dos representantes dos inúmeros revoltados com a Rappi, ifood, loggi e todas essas milionárias empresas que lucram rios de dinheiro, principalmente na pandemia, nas costas destes jovens, em sua maioria negra, que enfrentam uma realidade brutal de fome e desemprego.




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