×

Precarização do trabalho | Entregadores da Ifood no Rio paralisam frente ao pífio reajuste e alta da gasolina

Os entregadores paralisaram as retiradas de entregas de dois grandes Shopping do Rio de Janeiro para protestar contra o reajuste insuficiente das taxas e o aumento do preço da gasolina.

sexta-feira 18 de março de 2022 | Edição do dia

Foto: Gustavo Basso/NurPhoto via Getty Images

Os trabalhadores se queixam dos reflexos da crise dos combustíveis, dos reajustes ocasionados pelas consequências da guerra na Ucrânia, que reajustou os preços da gasolina em 18,8%, do gás de cozinha em 16,1% e do diesel em 24,9%.

“Não paga um litro de gasolina, e não acompanha o aumento de agora dos combustíveis. Não compensa”, relatou um entregador da Ifood que participava da paralisação e não quis se identificar ao jornal O Globo.

Foram noticiadas paralisações no Shopping Tijuca, no bairro homônimo, e no Shopping Grande Rio no parque Barreto, São João do Meriti, mas segundo os próprios entregadores também ocorriam ações em Ipanema, Copacabana, Botafogo, Meier, Cachambi, Tijuca e Vila Isabel.

As paralisações ocorreram logo após o anúncio do Ifood da promessa de reajustes de 12,9% para todos os trabalhadores, o que significaria um reajuste de R$ 5,31 para R$ 6, e o aumento da taxa mínima rodada de R$1,00 para R$1,50 a serem praticados a partir de 2 de abril. De acordo com os entregadores as correções são insuficientes para recompor as perdas com combustível.

Pode interessar: Mais pobres sofrerão mais com o aumento dos combustíveis e seu impacto direto no preço da comida

Os entregadores também protestam contra injustiças praticadas pelo aplicativo que deixam de pagar entregas e pune aqueles que não querem escolher uma região fixa para trabalhar.

“Para nós, que trabalhamos de moto, às vezes cai uma corrida de 5km, 10km, e duas entregas no mesmo lugar, mas o iFood só paga uma tarifa. Uma sai de graça. E o caminho até buscar o pedido, também. É muito injusto”, declarou o entregador Yago Malaquias, entregador de 2o anos.

Enquanto o Ifood se vale da mais profunda precarização das relações de trabalho para super explorar a juventude internacionalmente e extrair seus superlucros, a mídia burguesa tradicional faz demagogia com os R$3,2 milhões, cálculo do montante a ser gasto com os reajustes nos próximos 12 meses. Reproduzem o ponto de vista do Ifood de que vai retirar dos seus lucros, transferir do seu caixa direto para os bolsos dos trabalhadores, quase como um gesto de benevolência justamente de uma das empresas onde o nível de precarização do trabalho é um dos mais avançados.

Com informações do jornal O Globo.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias