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MILITARIZAÇÃO DAS ESCOLAS | Entre meninas e tiros: sobre Ágathas, Marielles e a militarização das escolas no DF

RJ: Ágatha, 8, morta pela PM na rua de casa.
DF: no CEDB3, escola militarizada, meninas denunciam o diretor e também sargento da PM por assédio sexual.

terça-feira 15 de outubro de 2019 | Edição do dia

Publicado originalmente nO Canhoto do Gama, ano 01, número 02

A juventude é a maior força nas ruas contra o governo Bolsonaro. De leste a oeste, o medo da elite é traduzido em repressão e numa imparável fábrica de cadáveres negros.

Frente ao medo da violência – fruto do desemprego e da miséria que seriam largamente amenizados com o não pagamento da dívida pública – Ibaneis alega que militarizar as escolas do DF é a melhor forma de garantir segurança e desempenho dos alunos.

A militarização não tem nada a ver com proteção das escolas. Alteram a gestão, retiram a tarefa pedagógica da mão de especialistas e a transfere às mãos de policiais, o que fortalece a perseguição política, coerção e vitimização de professorxs e estudantes.

Não há pensamento livre sob as botas policiais. A militarização é uma lógica de vigilância dos mesmos políticos que querem o fim do debate de gênero nas escolas, mantendo intactas as bases ideológicas do país que mais mata LGBTs no mundo e silenciando a grande maioria das vítimas de estupro e violência doméstica, que ocorrem cerca de 70% das vezes no ambiente familiar, muitas durante a infância e adolescência.

Eles roubam nosso futuro com reformas da previdência e trabalhista e agora querem que nos calemos frente ao projeto de país que nos prefere estupradas e mortas, antes que nos tornemos Marielles. Tentam nos impedir de atacar as raízes da violência que vivem no racismo, patriarcado e na exploração capitalista.




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