sexta-feira 29 de maio de 2015 | 00:01
Em um contexto de greves, paralisações e mobilizações no estado no dia 29 de maio convocado pelas centrais sindicais contra o ajuste do governo Dilma,as Medidas Provisórias e a lei de terceirizações impulsionada pelo Parlamento teremos paralisações nas principais cidades do estado de Paraíba.
No dia 28 de maio foi iniciada uma paralisação por tempo indeterminado dos Professores e dos Servidores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de Paraíba (UFPB) nos seus quatro campi, o Campus I, na cidade de João Pessoa, o Campus II na de Areia, o Campus III, em Bananeiras e o Campus IV nas de Mamanguape e Rio Tinto. Pela sua vez os docentes do Campus de Patos da Universidade Federal de Campina Grande, que tem uma sessão sindical própria também filidada a ANDES-SN deflagrou uma greve por tempo indeterminado dos docentes. No campus central foi iniciada a greve dos servidores técnico administrativos da UFCG e amanha se inicia a dos trabalhadores terceirizados. Alem disso nos campus de Cuitê e Sousa da mesma universidade tivemos na quinta-feira importantes manifestações estudantis, com bloqueio de portões exigindo melhores condições de estudo e contra os cortes na educação.
Este é o clima em que realizará o dia de paralisações convocado pelas centrais sindicais.
Na capital do estado João Pessoa, a CUT, CTB, CSP-Conlutas, Nova Central Levante Popular da Juventude, Plebiscito Constituinte, participarão, pela manhã, de uma mobilização na Lagoa Parque Solon de Lucena, ao lado da Esplanada, às 9h.
Em Campina Grande, as centrais sindicais e movimentos populares convocaram a lutar contra a lei das terceirizações, as MPs 664 e 665 (referentes ao seguro-desemprego, pensão por morte e abono salarial) e o ajuste fiscal. As atividades de paralisação estão sendo organizadas pela CSP- Conlutas, CUT, CTB, a Comissão Local de Mobilização de Docentes, Servidores-técnico administrativos, estudantes e trabalhadores terceirizados (que inclui a ADUFCG, o SINTESPB o Comando Local de Mobilização Estudantil - CLME e terceirizados, a Comissão de mobilização dos professores da Universidade Estadual de Paraíba (UEPB), o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba STIUPB a Pastoral Operária e o Partido Operário Revolucionário (POR)
As 7 horas haverá concentrações e atos descentralizados: no portão principal da UFCG, nos Correios, na Energisa e na Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco (Chesf), e concentrarão em um ato na Praça da Bandeira, às 8h30.
No mesmo horário na UFCG, se realizarão atividades em apoio à greve dos terceirizados e como forma de mobilização será realizado um debate intitulado: "Seremos todos terceirizados? Da violação de direitos dos trabalhadores na UFCG à ameaça de terceirização do trabalho docente". A mesa estará integrada pela professora de Ciência Política, Soraia de Carvalho pela Comissão de Mobilização Unificada de estudantes, professores, técnico-administrativos e terceirizados e Assessoria jurídica da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG) no auditório do Centro de Humanidades
As 13 horas será realizado um ato unificado frente à fábrica Alpargatas, no setor industrial da cidade, onde a patronal anúncio para a próxima semana "férias coletiva" de seus 7 mil trabalhadores, assim como a Coteminas, que já está parada. No retorno, as empresas planejam demissões em massa e o ato tem como objetivo a defesa dos empregos e salários.
Neste contexto de crise econômica e crise política, de fim de ciclo petista, esta paralisação deve ser um ponto de apoio na perspectiva de uma contunde greve geral contra os ataques sistemáticos do governo aos trabalhadores e o povo pobre. Para isso é preciso fortalecer as greves em curso e a mobilização e coordenar essas greves e essas lutas para a partir de uma enérgica intervenção na luta de classe se consiga se somar de forma qualitativa, não só quantitativa, novos setores as greves.
Temas
