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PRECARIZAÇÃO DO ENSINO | Ensino médio a distância é novo ataque a educação básica que governo Temer quer liberar

E os ataques a educação são feitos em todas as instâncias. Agora, baseando-se na reforma curricular do ensino médio, o governo golpista de Michel Temer tenta passar pelo Conselho Nacional de Ensino, uma deliberação de que qualquer conteúdo possa ser ministrado por ensino a distância.

terça-feira 20 de março de 2018 | Edição do dia

Aprovada em 2017, a reforma do ensino médio abriu brechas para o ensino possa ser realizado a distância – online. Baseada nesta lei, que estipulou que 60% da carga horária que contemple os conteúdos comuns, o governo golpista de Michel Temer (MDB) quer liberar até 40% da carga horária total do ensino médio possa ser realizada a distância e que o ensino de jovens e adultos possa ser de até 100%.

Esta questão já vem sendo discutida no Conselho Nacional de Educação (CNE) e, se atualizada as diretrizes curriculares nacionais do ensino médio, qualquer conteúdo curricular poderá ser ministrado a distância. Segundo reportagem da Folha a proposta governamental já está no Ministério da Educação e deve ser apresentada ao CNE ainda este mês.

Fica claro o posicionamento da mídia – esta opção seria uma forma de atender a situação de falta de professores e seria uma forma de evitar a evasão de jovens e adultos do ensino. Mas sabemos que a realidade tem um fundo muito maior e que não é discutido até o fim pela mídia burguesa.

Usemos o Estado e o Município de São Paulo como exemplo: somente neste ano, diversos professores foram demitidos e/ou não contratados pelos governos de Geraldo Alckmin e João Dória (ambos PSDB) e há um “exercito” de professores que trabalham em condições precarizadas, como uma forma de ataque a educação. Ou seja, não há uma falta de professores, mas sim uma política de ataque claríssimo a esta categoria que, nos últimos dias, vem mostrando seu poder combativo contra um outro ataque de Dória: o SampaPrev.

Para saber mais sobre a luta dos professores municipais: Propostas para a luta dos professores municipais avançar e vencer Doria

O outro ponto levantado (evasão do ensino) também tem várias situações que devam ser consideradas, mas a principal é gerada pela crise orgânica leva os jovens e adultos terem que abandonar do ambiente escolar para trabalhar em condições cada vez mais precárias para consegui subsistir. Além da falta de tempo, não são todos os jovens e adultos que tem acesso a meios tecnológicos para conseguir realizar o ensino a distância, levando a uma filtragem já no ensino médio dos jovens ao acesso à educação – coisa que já passam por causa dos vestibulares das universidades públicas.

Não devemos permitir que mais este ataque a educação passe! O ensino a distância é mais uma forma de individualizar as pessoas e fazer com que a classe trabalhadora de um modo geral pague por uma crise que não é dela. Devemos seguir o exemplo dos professores e funcionários públicos do município de São Paulo e nos juntar contra todos os ataques que estes governos querem passar.




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