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VIOLÊNCIA POLICIAL | Enquanto sangue negro corre nas favelas, Temer decreta luto por um policial

O decreto de luto oficial pela morte do PM saiu no Diário Oficial, o que escancara a ligação do governo e seus interesses com as forças repressivas. A Força Nacional de Segurança junto a polícia esta cumprindo a sua podre função durante as Olimpíadas, reprimindo as manifestações no dia da abertura dos jogos, impedindo a liberdade de expressão política dos torcedores, além de militarizando a cidade para "inglês ver", enquanto a população sofre.

sexta-feira 12 de agosto de 2016 | Edição do dia

Foto: Carlos Cout. Favela Bandeira 2 em Del Castilho depois de operação policial acontecida ontem, 11/08

O governo interino decretou hoje luto oficial pela morte de um agente da Força Nacional de Segurança Pública, que está fazendo a segurança dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro. O soldado Hélio Andrade, 35, foi baleado durante uma troca de tiros na favela da Maré, Zona Norte, e acabou morrendo, segundo post no perfil de Alexandre de Moraes, ministro da Justiça do governo golpista, no Facebook.

Essa militarização aumenta a contradição em uma cidade marcada pela violência policial que mata jovens negros todos os dias nos morros brasileiros, seja ela militar, guarda municipal ou civil:

"É declarado luto oficial em todo país, pelo período de um dia, contado a partir da data de edição deste decreto, em sinal de pesar pelo falecimento do soldado Hélio Vieira Andrade, da Polícia Militar do Estado de Roraima, que, não hesitando em cumprir o seu dever, foi vitimado em atuação efetiva durante operação da Força Nacional de Segurança Pública nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016"

A reação do corpo de soldados da Força Nacional foi de articular operações em regiões da favela da Maré para prender os atiradores que causaram a morte de Hélio Andrade, que resultou na morte de 4 pessoas. Por outro lado, as operações da PM atiçam o descontentamento da população, que realizam protestos contra a violência policial espontâneos após as operações.

Amigos de uma das vítimas, César Soares dos Santos, 14, afirmam que os policiais chegaram atirando, soltando bombas de efeito moral. Seu pai afirma que chegou em casa e perguntou pelo garoto, no que a mãe responde que César estaria brincando na rua: “depois vem a notícia, seu filho tá morto na avenida”, diz Felipe do Nascimento, pai de César.

Foram mais de 10 horas de operação após a morte do soldado, em que carros roubados, drogas e munição foram apreendidos, mas ninguém foi preso.




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