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ORÇAMENTO 2021 | Enquanto pandemia mata 1000 por dia, Bolsonaro quer cortar da saúde em 2021

Hoje o país registrou mais 1352 mortes, chegando a praticamente 110 mil vitimados pelo coronavirus nas estatísticas oficiais. No entanto, isso não parece chocar o presidente e seu governo, que planeja cortar do orçamento da saúde ano que vem.

terça-feira 18 de agosto de 2020 | Edição do dia

A crise sanitária segue a pleno vapor no país, matando cerca de 1000 pessoas por dia desde o final de maio, número que não baixa.

A pleno vapor também segue a discussão sobre o orçamento do próximo ano. Pairando sobre essa discussão está a questão do teto de gastos. Enquanto algumas alas do governo defendem aumentar os gastos em programas sociais e obras, fazendo demagogia com os setores precários que mais sofrem com a crise; o mercado financeiro, através do seus representantes na ala ligada a Paulo Guedes, além de Rodrigo Maia, vem defendendo fidedignamente a responsabilidade fiscal para o ano que vem.

Para satisfazer o mercado financeiro e sua ânsia pela responsabilidade fiscal - que garante recursos para para a dívida pública e cuja forma mais concreta é o teto de gastos - Bolsonaro se mostra disposto a cortar em direitos para a população. Enquanto os números da pandemia não baixam, o gasto em saúde ano que vem parece que será uma das principais baixas do governo. Segundo o Globo, o governo pretende cortar 5% da pasta do ano que vem.

O aumento do endividamento estatal esse ano faz com que cada vez mais o capital financeiro pressione por cortes de direitos e ataques, como a reforma administrativa. Nesse aspecto, coincidem tanto Bolsonaro e Guedes, como também Maia e Alcolumbre, que fizeram uma reunião recentemente para mostrar sua fidelidade ao teto de gastos.

Mesmo no meio da mais grave crise sanitária, o capital financeiro e seus lacaios mostram que não tem o menor escrúpulo em cortar recursos da saúde. Sua ganância é a principal responsável pela imensa crise sanitária e social que vivemos e sua derrubada é necessária para garantir as minimas condições de vida para a classe trabalhadora e evitar a barbárie.

Cabe lembrar que Bolsonaro efetivou apenas uma parte do escasso orçamento para o combate à pandemia. Nesse sentido, apesar de suas diferenças, tanto Maia quanto Bolsonaro mostram que rapidamente podem se unir para garanti os interesses do capital financeiro.

Por isso, é necessário lutar por Fora Bolsonaro e Mourão, mas sem depositar nenhuma confiança no Congresso e no STF, também inimigos dos trabalhadores. É necessário que se questione esse regime podre herdeiro do golpe institucional e que se levante uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana.

Uma assembleia como essa, onde os deputados sejam eleitos e revogáveis e que ganhem o mesmo que uma professora. Uma assembleia que não possa ser limitada por nenhuma outra instituição desse regime.

Uma assembleia dessa poderia debater e decidir os grandes temas do país, como por exemplo anular o teto de gastos e a Lei de Responsabilidade Fiscal, assim como impor o não pagamento da dívida pública, que possa garantir recursos para os serviços públicos.

É nessa perspectiva que o MRT e o Esquerda Diário se coloca, e convocamos todos a conhecerem nossas ideias.

Ver também: Manifesto: Propostas do MRT diante da crise no Brasil e no mundo




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