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Irracionalidade capitalista | Enquanto a população passava fome durante a pandemia, um bilionário nascia a cada 26 horas

Estudo mostra que os dez mais ricos do mundo dobraram as suas fortunas durante a pandemia enquanto mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza. Ao mesmo tempo em que a fome crescia entre a população, o Brasil ganhou dez novos bilionários que lucraram em cima das vidas trabalhadoras.

segunda-feira 17 de janeiro de 2022 | Edição do dia

Imagem: Marcello Casal / Agência Brasil

Uma pesquisa feita pela ONG Oxfam Brasil mostra que, durante a pandemia, um novo bilionário nascia a cada 26 horas, só o Brasil ganhou dez novos bilionários desde março de 2020. Os dez homens mais ricos do mundo, como Elon Musk, Jeff Bezos, Bill Gates e Mark Zuckerberg, mais que dobraram suas fortunas: o total de seus patrimônios passaram de US$700 bilhões para US$1,5 trilhão.

O estudo foi feito no período da pandemia, em que as fortunas dos mais ricos cresciam e a renda de 99% da população caía e a miséria e a fome explodiam. Em dezembro de 2020, 55% da população brasileira se encontrava em situação de insegurança alimentar e 9% em situação de fome, mais comum entre as mulheres e pessoas negras.

  •  Fome aumenta 40% no mundo e bilionários ficaram US$ 1 trilhão mais ricos em meio às mortes da COVID

    No Brasil, os 20 maiores bilionários do país têm mais riqueza que cerca de 60% da população. A Oxfam calcula 55 bilionários no Brasil, com riqueza total de US$176 bilhões.

    A alta concentração de renda que vem da exploração desenfreada do trabalhador contribui para a morte de pelo menos 21 mil pessoas por dia no mundo. Além de serem responsáveis pelas milhares de vidas perdidas durante a pandemia, os bilionários também são responsáveis pela crise ambiental: as estimativas são que as emissões dos 20 bilionários mais ricos do mundo sejam, em média, 8 mil vezes maiores que as emissões de bilhões de pessoas mais pobres.

    Leia também: Enfrentar o desemprego com um programa para que os capitalistas paguem pela crise




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