segunda-feira 2 de dezembro de 2019 | Edição do dia
Segundo dados do Ministério da Saúde apresentados no último dia 29, o estado do Rio Grande do Norte teve um crescimento de 81,7% nos casos de Aids/HIV, por 100.000, entre 2008 a 2018. O estado também apresenta uma alta de 45,8% no número de mortes por 100.000 habitantes nesses dez anos, perdendo apenas para o Acre, que junto com outras oito unidades federativas aumentaram o número de óbitos nesse mesmo período.
Esses dados vão em contramão com as taxas nacionais que apresentam redução nos casos de HIV/Aids nos últimos anos. Desde 2014, a taxa de mortalidade por Aids caiu em 22,8%, sendo 12,5 mil mortes em 2014 para 10,9 mil morte em 2018. Entretanto, o Ministério da Saúde acredita que 135 mil pessoas vivem com o vírus HIV no Brasil e não sabem.
De acordo com a Secretária de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap), o Serviços de Atenção Especializada (SAEs), rede de acolhimento estadual para as pessoa com Aids/HIV e Hepatites Virais, fez 13.022 atendimentos no mês de outubro. Em suas 14 unidades, doze são administradas pelos municípios onde elas se encontram e as outras duas são administradas pela própria Sesap. No RN o atendimento também é feito pelo Hospital Giselda Trigueiro, em Natal e pelo Hospital Rafael Fernandes, em Mossoró.
O tratamento para HIV/Aids é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), onde os paciente iniciam o tratamento imediatamente após a identificação do vírus e todos os medicamentos são disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Entretanto casos de falta de medicamento para o tratamento da doença foram apresentado neste ano no RN e também na Bahia, sendo esse mais um sintoma da completa destruição do SUS levada adiante durante décadas pelo governo Federal e pelos estados, até a chegada de Bolsonaro e de seu plano de desmontar o sistema completamente e substituí-lo pela saúde privada.
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