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VIOLÊNCIA E O ESTADO | Enquanto 40% dos presos nunca foram julgados, justiça de SP solta neonazistas

Dois pesos, duas medidas. Enquanto aos negros e pobres a Justiça acha aceitável que 40% possa estar detida sem julgamento, neonazistas com socos ingleses e colando cartazes incitando violência, é tolerável e podem ficar em liberdade. Uma mostra de a quem o Estado garante sua sanha "punitivista" e quem ele deixa solto para perseguir nas ruas.

sábado 14 de janeiro de 2017 | Edição do dia

Polícia detém trio que colava cartazes neonazistas na capital

A Polícia Civil deteve três pessoas acusadas de terem colado cartazes e gravado vídeos com "teor preconceituoso" em locais como a Rua Augusta, no centro de São Paulo, nesta sexta-feria, 13. Os cartazes tinham frases contra judeus, segundo informações da Agência Estado. A Justiça expediu mandado de busca e apreensão contra eles, que foram cumpridos em imóveis da capital e de cidades da região metropolitana como Osasco, Guarulhos, Franco da Rocha e São Caetano do Sul.

"Diversos materiais de cunho neonazista foram apreendidos", informou a Secretaria Estadual da Segurança Pública, em nota, que diz ainda que "a Polícia Civil solicitou prisão temporária, que não foi aceita pela Justiça".

Os nazistas já haviam sido detidos na Estação Palmeiras-Barra Funda, na zona oeste, há uma semana, portando materiais como soco inglês e outros cartazes preconceituosos. Eles foram interrogados e fichados pela Delegacia de Delitos Raciais e Crimes de Intolerância (Decradi), órgão da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Ou seja mesmo com recorrência em crimes e suspeitas para grupos de extrema-direita, o Estado brasileiro não tem "convicção", aos pobres e negros sem julgamento aí a convicção já está formada.

Com informações da Agência Estado




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