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ECONOMIA | Empréstimos da Caixa não poderão mais ser usados como moeda de troca pelo Planalto

A suspensão dos empréstimos foi determinada aos municípios e Estados que deixaram de ter como ‘financiador’ o Governo Federal.

sexta-feira 26 de janeiro de 2018 | Edição do dia

A determinação feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu a concessão de crédito aos municípios e Estados que deixaram de ter a garantia da União para o pagamento dos empréstimos. Emitido nesta sexta, 26, por meio de um sucinto comunicado, o TCU toma esta decisão após diversos veículos de comunicação do país divulgarem o relatório financeiro do banco onde anuncia dificuldades de capital.

A Caixa vinha tomando o papel anterior do BNDES liberando grandes quantidades de créditos aos municípios e Estados a pedido do Governo Federal para a conclusão de obras, embora a maioria delas ainda não tenham terminado.

A concessão desses empréstimos se transformou em arma política depois que o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitiu que o dinheiro seria usado como moeda de troca pelo apoio de governadores e prefeitos à reforma da Previdência. A pasta é a principal responsável pela articulação dos interesses do Planalto e de parlamentares.

Este anúncio pode piorar ainda mais a situação financeira de muitos municípios que já apresentam dificuldades financeiras. Ainda que a maior parte das verbas tenham sido injetadas em obras milionárias que não chegaram a sua conclusão e se perderam em empresas terceirizadas que “faliram” o prejuízo será destinado a população. Os políticos e empresários na ânsia de manter seus lucros, vendo uma fonte de recurso sendo fechada buscam torcer os trabalhadores com seus impostos e retirar cada gota de seu salário.

Além disto, um mecanismo de compra da aprovação da Reforma da Previdência não pode mais ser usado para uma parte dos municípios e Estados. Temer e o demais integrantes do governo golpista vem utilizando as manobras mais sujas para atacar os trabalhadores e os políticos, sabendo da impopularidade da reforma e da pressão que o mercado financeiro faz, tentam tirar sua “fatia do bolo” e sair com o bolso cheio para seus futuros planos.




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