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DEMISSÕES | Empresas públicas federais demitem trabalhadores após queda no investimento estatal

Nas palavras de Dyogo Oliveira, ministro do Planejamento, o corte de gastos nas empresas estatais é para reduzir as dívidas das empresas e deixá-las mais rentáveis. Nós sabemos que a demissão em massa é uma das formas de descarregar a crise nas costas dos trabalhadores para garantir o lucro dos empresários.

quarta-feira 5 de abril de 2017 | Edição do dia

Em 2016 o investimento estatal em empresas públicas federais sofreu uma queda de 29,6% em relação ao ano anterior. O número de trabalhadores nesse setor foi reduzido em cerca de 4% e atingiu seu menor nível desde 2011. Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, o efetivo de funcionários deve diminuir ainda mais através de planos de demissão incentivada (PDI) no Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Eletrobras. Nesta, o governo golpista pretende cortar o quadro de funcionários em mais de 15%.

O Plano de demissão incentivada na Eletrobras, segundo Oliveira, pretende dispensar até 2,6 mil empregados (cerca de 15% do efetivo da companhia).

Dyogo Oliveira, que integra cargos nos ministérios desde o governo Dilma, afirmou que o chamado enxugamento operacional se faz necessário para assim aumentar a rentabilidade das empresas estatais. Trata se de uma política de sucatear e reorientar o caráter público de todo o setor estatal para que melhor sirva aos interesses do capital, para inclusive privatizar as empresas futuramente.

A terceirização, sancionada por Temer, também permite que essas empresas contratem terceirizados ou trabalhadores temporários no lugar de repor o quadro de funcionários efetivos. Essas medidas são uma forma de descarregar os prejuízos da crise econômica sobre os funcionários públicos e a classe trabalhadora. Agudizará inclusive a pauperização e marginalização de populações oprimidas como os negros, as mulheres, juventude e LGBTs que são os mais impactados pelo desemprego e a precarização.

Diante desse e outros tantos ataques do governo golpista de Michel Temer, a juventude e a classe trabalhadora busca dar uma resposta, como vimos nas paralisações e atos dos dias 15 e 31 de março, que devemos repetir com ainda mais força no dia 28 de abril, apesar das centrais sindicais darem trégua de mais de 1 mês ao governo.

Enquanto por um lado as centrais sindicais preparam o terreno para a campanha eleitoral de 2018, nós entendemos que para existir uma greve geral efetiva e de verdade, a nível nacional, precisamos tomar a luta em nossas mãos e organizar em cada local de trabalho e estudo comitês de base para combater efetivamente as políticas privatistas de Temer e enfrentar os ataques do governo. Que os capitalistas paguem pela crise!




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