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Denúncia | Empresa de telemarketing ATENTO obriga trabalhadores a realizarem atendimentos sem sistema

Empresa de Telemarketing Atento, após ter sofrido um ataque cibernético de sequestros de dados, não consegue garantir o básico que é o acesso aos sistemas, a ferramenta de trabalho do operador de telemarketing e ainda ameaça descontar horas não trabalhadas no banco de horas.

sexta-feira 22 de outubro de 2021 | Edição do dia

O Esquerda Diário recebeu denúncias de trabalhadores da Atento em Minas Gerais sobre a situação de trabalho precária que a empresa impõe aos trabalhadores, algo que acontece em todo país nessa empresa de telemarketing.

No último domingo dia 17 de outubro de 2021 a empresa de telemarketing multinacional ATENTO sofreu um ataque de sequestro de dados, o Ransomware, que ocorre quando um computador que é infectado tem seus dados criptografado impedindo o acesso a tais dados. Esse ataque demonstra o cúmulo do capitalismo, que não consegue sequer, fazer com uma multinacional como a ATENTO, tenha seus dados seguros, demonstrando assim a sua incapacidade e mostrando mais um motivo pelo qual devedor derrota-lo.

Mas o callcenter da ATENTO que presta serviços para inúmeras grandes empresas, como a Porto Seguro, Ifood, BMG e a Unimed, ainda não foi capaz de solucionar seus problemas relacionados a pesquisa e mais um fez descarrega a crise nas costas nos seus trabalhadores, que são em sua maioria, negros e negras, LGBT, mulheres e jovens, descarrega mais uma vez a sua crise nas costas de seus trabalhadores, que já são em dias normais precarizados e sem acessos a sua plataforma de trabalho precisam “tirar leite de pedra” como diz a denuncia de uma trabalhadora:

Nossa... somos palhaços mesmo, a gestão fez um comunicado na segunda de manhã que não teríamos acessos aos sistemas e explicou sobre o ataque de hackeares, o problema é que até hoje não foi resolvido e temos que atender da mesma forma, estamos sem sistema nessa p****, não tem como olhar nada do cliente, que em dia normal já entra atritado, agora que não temo fazer nada tá ainda pior. O plano de saúde não cobre minha ansiedade. Tô tirando leite de pedra nessa m**** dessa empresa”

É um absurdo o que a empresa faz, obriga seus funcionários a trabalharem como se nada tivesse acontecido, não garantem o mínimo para o atendimento, enquanto tem lucro milionários em cima da vida precarizada da juventude, das mulheres, dos negros e dos LGBTs. É irracional que uma empresa de nível internacional não consiga garantir para seus funcionários o básico e ainda descarregam essa crise nas costas dos seus trabalhadores, como diz o relato dessa segunda trabalhadora que entrou em contato com o esquerda diário:

“... Não tem como atender, não tem sistema, não tem validação de ponto, ainda tentaram usar nosso banco de horas para abonar a segunda-feira, pois nem os computadores ligavam, os supervisores em cima, pedindo que deixe o cliente tranquilo, eu não consigo ficar tranquila, ... está desesperador, ainda cresce um medo de ser mandado embora da empresa pois isso dará prejuízo, eu só tenho chorado ... “

Isso é o que capitalismo garante para juventude, um emprego precarizado que não possui nem acesso ao básico que é sua ferramenta de trabalho, enquanto seus patrões não perdem um dia de seus lucros, por esse motivo é importante destruir esse sistema e lutar contra Bolsonaro, Mourão e os Militares com a força da juventude, dos negros e negras, das mulheres, dos LGBTs que não querem perder suas vidas nos trabalhos precarizados e que almejam um novo mundo.




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