A empresa do coronel aposentado da PM e amigo de Temer participa do contrato de uma obra paralisada pelo governo federal em estatal que atua no setor de ferrovias, a Valec.
terça-feira 27 de junho de 2017 | Edição do dia
A empresa Argeplan, do coronel João Baptista de Lima Filho - suspeito de fraudar licitação - faz parte do grupo com as empresas Falcão Bauer e Ceppla para "supervisão das obras" de construção de um dos lotes da Ferrovia de Integração Oeste-Leste. A soma dos contratos feitos entre a empresa privada e órgãos e empresas federais somam, de 2009 a 2013, no mínimo R$ 295 milhões.
Segundo a estatal, foram pagos R$ 50,1 milhões em decorrência do contrato até o momento, que, com reajustes, deve alcançar os R$ 74 milhões. A Argeplan tem participação de 22% no consórcio. Isso significa um recebimento de R$ 11 milhões, em contratos de uma obra parada.
É a segunda vez que a empresa está envolvida em casos como esse. Argeplan é sócia de uma empresa subcontratada por uma multinacional que venceu licitação de um contrato no valor total de R$ 162 milhões. Esse dinheiro seria destinado à construção da usina nuclear Angra 3, no RJ, mas os pagamentos estão suspensos desde o ano passado.
Como já noticiamos no Esquerda Diário a empresa Argeplan criou a firma AF Consult do Brasil, que foi contratada pela AF Consult da Finlândia para a execução do contrato cuja licitação foi fraudada pelo coronel que é amigo de longa data de Temer e “homem de confiança” do golpista, tendo atuado por anos em campanhas, inclusive como coordenador de campanha.