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IMPEACHMENT | Advogado Geral da União denuncia golpe e aponta para seguir confiando no judiciário

Saiba mais sobre a primeira declaração do governo depois de sua derrota na Câmara para o golpe institucional que mostrou toda sua cara reacionária no dia de hoje.

segunda-feira 18 de abril de 2016 | Edição do dia

José Eduardo Cardozo fez esta madrugada pronunciamento para a imprensa anunciando que Dilma só falará com a imprensa amanhã. Na entrevista ele denunciou o que foi votado na Câmara. O ex-ministro da Justiça e atual Advogado Geral da União falou da indignação pela votação política realizada na Câmara. O advogado denunciou como os votos proferidos foram políticos e não relacionados aos temas das “pedaladas fiscais” que seriam o tema que motivaria o impeachment segundo o processo. E isto seria um ruptura com a Constituição, um Golpe, um julgamento político de um parlamentarismo e não o impeachment como previsto em lei.

Este centro da denúncia do governo deixa em aberto como pode apelar, mais uma vez, tentando que o STF intervenha no processo. O governo Dilma e o PT vem contribuindo para que este que é o menos democrático dos poderes, que sequer passa pela eleição popular, siga fortalecendo sua localização como árbitro da situação e procure colocar-se "acima do bem e do mal", enquanto importantes setores do judiciário mostram suas relações com o imperialismo e servem a estes interesses em meio a Lava Jato.

O governo retomou nesta entrevista as denúncias contra Eduardo Cunha que mostrariam um desvio no processo que teria começado como vingança pessoal do corrupto deputado. O tom e extensão do discurso contra Cunha marca um primeira tentativa de armar o discurso nos próximos dias usando este entre outros argumentos.

Chama atenção como em nenhum momento Cardozo denunciou o reacionarismo dos discursos favoráveis ao impeachment nem o judiciário e seu papel neste golpe institucional. Tal como o PT fez todos estes anos também segue sem criticar claramente a direita como tal. Algo que abre espaço para caso a direita queira voltar a negociar oferecer cargos e verbas para a mesma.

Outra parte do discurso de Cardozo reafirmou como Dilma não renunciaria e que se trata da defesa da democracia. Também insistiu que os olhos do mundo estariam no Brasil. Vários comentaristas políticos da grande mídia já apontavam antes da votação que Lula e o PT iriam iniciar uma campanha internacional contra o impeachment buscando fora do país vozes que contenham a ofensiva da direita que o PT abriu caminho para seu fortalecimento. Este fortalecimento acontece depois de mais de uma década de ceder à direita, o apoio do judiciário ao golpe institucional, para obter maiorias parlamentares e “paz social” garantida pela CUT e sindicatos que não travaram nenhuma luta séria contra os ataques patronais, contra “aliados” reacionários do governo e os ataques de “seu” governo.




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