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AMAZÔNIA | Em meio a pandemia, Mourão diz que queimada na amazônia é “agulha no palheiro”

Com mais de 100 mil mortos pela COVID-19 no brasil e toda a onda de ataques que a população vem passando, o vice-presidente Hamilton Mourão, que defende a aceleração de leis que visam atacar o meio ambiente, afirmou que queimadas na Amazônia são como "agulha no palheiro" e que não é possível dizer que a floresta está "queimando", além de dizer que a fumaça não “prejudica” as pessoas da região.

sexta-feira 28 de agosto de 2020 | Edição do dia

Em meio a pandemia, os atores do governo de Bolsonaro estão aproveitando para passar mais e mais ataques contra a população. Mourão, que é chefe do Conselho Nacional da Amazônia, afirmou, nesta quinta feira (27), que as queimadas na amazônia são “agulha no palheiro”. O vice-presidente menosprezou 24 mil focos de incêndios que foram registrado em agosto deste ano no bioma, justificando que são poucos focos em meio a extensão de cinco milhões de milhas quadradas da Amazônia Legal.

“Nós temos essas questões das queimadas. O dado do dia 26 de agosto é que nós tínhamos 24 mil focos de calor na Amazônia Legal. Ora, minha gente, a Amazônia Legal tem 5 milhões de milhas quadradas. 24 mil focos de calor significa que tem um foco de calor a cada 200 milhas quadradas. Isso é agulha no palheiro. E o que está colocado para o mundo inteiro: ‘a floresta está queimando, a Amazônia está queimando’” – disse Mourão, em debate organizado pelo Canal Rural.
Ano passado, tivemos índices históricos, e o nível de devastação ambiental, se comparado com anos anteriores como 2018 e 2019, teve um aumento de 34,5% do nível desmatamento.

Veja também: Mourão comemora o Brasil ter desmatado 1.600 km2 na Amazônia em Julho

Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicam, até agora, 24.633 focos de incêndio em agosto. É o segundo maior número para o período dos últimos 10 anos, fica atrás apenas do ano passado quando foram registrados 30.900 focos.

Mourão ainda criticou os estudos que dizem que a fumaça das queimadas está "prejudicando as pessoas". Os estudos do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps) e do Human Rights Watch apontaram que a exposição à fumaça e às cinzas das queimadas prejudicam a saúde de mais de quatro milhões de pessoas. “Eu vejo editorialistas e formadores de opinião dizendo que a fumaça está prejudicando as pessoas. Eu não consigo entender da onde essas pessoas podem extrair esses dados e não conseguir isso”.

É um absurdo ver a demagogia de Mourão que já defendeu abertamente o garimpo para indigenas justificando que é "um meio de subsistência”

A pandemia escancarou que a crise vem sendo jogada nas costas da população. Não é de hoje que os povos indígenas sofrem com os ataques do governo brasileiro, dos grandes latifundiários e das empresas que extraem e exploram as terras, matando cada vez mais essa população. Com o governo Bolsonaro e Mourão, aprofunda-se ainda mais o nível de devastação na Amazônia e na vida dos povos indígenas. A luta pelo Fora Bolsonaro, Mourão e militares tem que ser reforçada nesse sentido, pois o governo mais deseja é cada vez mais devastação ambiental.




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