sábado 21 de novembro de 2015 | 00:30
No mês passado a estudante de direito Carla Gomes, com 20 anos, gravida de três meses, de Porciúncula no norte do Rio de Janeiro, foi vitima de ofensas racistas e gordofóbicas e machistas após entrar em um grupo chamado "Graduação da depressão", no Facebook; após ver uma postagem que a deixou indignada por ser sobre conteúdos discriminatórios fez um comentário. Fez com oque muitos membros do grupo começarem as ofensas, como "-preto até vai, mas além de gorda é fedorenta? ai não né ","mas pq ela tava aqui atrás de estudo achei q preto n precisava estudar por causa das cotas", "macaca cor de encardido n entra"; Não satisfeitos começaram a ofender o bebê que ela está esperando, como "-Aborta vagabunda a criança merece isso". Carla relata que "Fiz um vídeo e invadiram meu Facebook, fizeram alguns comentários nesse tipo na minha linha do tempo, me denegriram. Foram racistas, machistas e além de falarem coisas horríveis sobre meu bebê, oque mais me feriu foi falarem para eu abortar isso me deixou arrasada. Estou mais triste porque falaram mal do meu filho inocente que nunca fez mal a ninguém."
Por conta deste vídeo seu facebook foi desativado, após muitas denuncias dos integrantes do grupo. Carla foi até a delegacia fazer uma ocorrência chegando lá um polícial a aconselhou a não fazer a denúncia, pois não iria dar em nada, que "ela era um grão de areia e fazendo isso ela iria correr riscos", Carla acabou não fazendo o boletim de ocorrência. Mas Carla chegando em sua casa registrou a denúncia no portal da polícia Federal, que recebeu ocorrências de "crimes cibernéticos." Carla diz " -Quero dizer que não vão me calar. não vão pisar em mim. O preço pode ser a morte, mas tantas mulheres guerreiras já morreram por um ideal que eu morreria feliz. Nunca desistam, vocês podem fazer tudo oque quiser, não deixem que ninguém, nos limite; sejam livres."
O racismo, como pilar da sociedade capitalista infecta a todos com esta ideologia, que aparece desde os pequenos comentários e pensamentos até nesse tipo de atitude ou pior, em crimes de ódio. Porém o combate ao racismo não pode estar por fora de um combate ao capitalismo também.
Todo apoio a Carla. O tempo passa, mas não as feridas. Não calarão as sua voz!
