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GOVERNO BOLSONARO | Em crise, Bolsonaro sinaliza aos banqueiros: Paulo Guedes fica

Na manhã desta segunda-feira (27/04), após reunião com os ministros Paulo Guedes,Tereza Cristina (agricultura) e Tarcísio de Freitas (infraestrutura), além do diretor do Banco Central, Roberto Campos Netto, Bolsonaro declarou em entrevista que Paulo Guedes seguirá no comando da economia. Uma clara sinalização aos mercados e a continuidade dos ataques neoliberais aos trabalhadores.

segunda-feira 27 de abril de 2020 | Edição do dia

Na última semana vimos o Governo Bolsonaro aprofundar sua crise durante a renúncia de Sérgio Moro e o escândalo com a demissão de Maurício Valeixo, diretor-geral da Polícia Federal, a pedido de Bolsonaro. Após a renúncia de Moro, começou a se aventar nas redes sociais e grande mídia a possibilidade de Paulo Guedes ser o próximo a cair do governo. No entanto, hoje pela manhã, em coletiva dada em frente ao Palácio do Planalto e com os ministros ao seu lado, Bolsonaro fez questão de deixar bem claro que Paulo Guedes fica. “Acabei mais uma reunião aqui tratando de economia. E o homem que decide a economia no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte, nos dá recomendações e o que nós realmente devemos seguir”, afirmou.

Paulo Guedes ainda disse “Queremos reafirmar a todos que acreditam na política econômica que ela segue”. Com isso, fica evidente que o governo seguirá sua linha de fazer os trabalhadores pagarem pela crise pandêmica com demissões e cortes de salários, como já vinha fazendo com a MP da Fome e a carteira Verde-Amarela que precariza e ceifa ainda mais os direitos trabalhistas. Tudo isso ao passo que o governo segue sem garantir medidas mínimas de contenção da pandemia. A ausência de testes massivos, leitos para toda a demanda, produção de respiradores e até máscaras e álcool em gel, são a cara mais nefasta dessa governo que está mais interessado nos lucros do empresariado do que em salvar vidas da população.

Para terminar a entrevista, Paulo Guedes ainda chegou ao absurdo de dizer ao funcionalismo público que “Não peçam aumento por um ano e meio, contribuam com o Brasil”, mesmo com a crise e o custo de vira arrochando o salário dos trabalhadores. Para Bolsonaro e Guedes, quem deve pagar pela crise são os trabalhadores, enquanto garantem bilhões aos banqueiros.

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