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HOMOFOBIA | Em cartilha homofóbica, Itamaraty e CBF querem que LGBTs não demonstrem amor na Copa

A poucos dias do início da Copa do Mundo na Russia, o Itamaraty e o Ministério do Esporte lançaram nesta quinta-feira (7) o Guia Consular do Torcedor Brasileiro, onde há uma “recomendação” que reafirma a política homofóbica Russa para que a comunidade LGBT não expresse seu amor e sexualidade em público.

quinta-feira 7 de junho de 2018 | Edição do dia

O que o Itamaraty chama de recomendação, é na realidade a reafirmação de uma política reacionária e atrasada Russa que permite uma série de expressões de homofobia no país. Só em 1993 a relação entre pessoas do mesmo sexo deixou de ser crime, mas ainda é proibido manifestações de afeto em público.

O simples andar de mãos dadas, comuns a todos os casais, é visto como uma afronta a família tradicional patriarcal e opressora a mulher. Por isso é proibido por lei. "Não são comuns na Rússia manifestações intensas de afeto em público. Em particular, recomenda-se à comunidade LGBT evitar demonstrações homoafetivas em ambientes públicos, que podem ser consideradas ’propagandas de relações sexuais não tradicionais feita a menores’ e enquadras em lei (junho de 2016) que prevê deportação", diz o documento.

Esta lei está em vigor desde junho de 2013. Ela proíbe manifestações LGBT em locais públicos onde crianças possam estar presentes. Obviamente às crianças é permitido que aprendam que a “família tradicional”, onde as mulheres vivem oprimidas, onde muitas são violentadas e agredidas, é certo. Ou que leis como essa permitam que a violência homofóbica corra solta pelas ruas.

O governo brasileiro ratifica essa política Russa e perpetua suas idéias reacionárias e opressoras. O Brasil também é dos países que mais se mata a população LGBT, onde os parlamentares buscam aprovar projetos como o Escola Sem Partido para impedir qualquer tipo de desenvolvimento intelectual das crianças que passa por conhecerem história, educação sexual, ter senso critico.

Na Russia é proibida as paradas de orgulho LGBT e distribuição de materiais que divulguem relações entre pessoas do mesmo sexo. A cartilha orienta ainda os torcedores que forem à Rússia a evitar se manifestar publicamente sobre temas políticos, sociais e de orientação sexual.

É preciso internacionalmente combater essas políticas homofóbicas, a liberdade sexual é um direito elementar, assim como combater a máxima que a família patriarcal é a tradicional e correta, família essa que violenta a mulher e perpetua a idéia que as mulheres são inferiores e por isso podem ganhar menos e serem mais exploradas. A unidade dos trabalhadores com os setores oprimidos é a única forma e lutar contra essas medidas.




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