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METRÔ DE SÃO PAULO | Em assembléia, Metroviários aprovam ato contra as demissões

Em assembléia realizada nessa quarta feira 26/06, os Metroviários de SP repudiaram as demissões realizadas pelo Metrô de SP após o 14J, e aprovaram um ato as 17hs na Estação Sé terça feira 02/07, com Twitaço no mesmo dia.

segunda-feira 1º de julho de 2019 | Edição do dia

Depois do 14J onde os Metroviários aderiram a paralisação nacional contra a reforma da previdência de Bolsonaro e do Centrão, o Metro-SP tenta instaurar o terrorismo na categoria promovendo demissões de funcionários sem motivação. Funcionários com mais de 30 anos de casa, que ajudaram a construir com seu sangue e suor a empresa, não podem ser tratados assim, são um patrimônio da categoria metroviária. Doria não respeita nada nem ninguém para implementar seus planos escusos de privatização.

A grande mídia, aliada do Governador quer passar a imagem de que as demissões são motivadas por causa da greve de 14/06, como fez o jornalista tucano Josias de Souza que publicou uma fake news no site UOL dizendo que 58 metroviários haviam sido demitidos devido a "greve política", republicada também em forma de campanha pelo MBL. Contudo, até agora 18 trabalhadores entraram com recurso administrativo junto ao sindicato, e inclusive parte deles nem participou da greve.

Até o momento o que se pode identificar é que o governo esta preparando uma nova ofensiva da sua política de privatização, agora com PL do deputado Douglas Garcia do PSL tramitando na Alesp, realizando novas demissões e aproveitando- se do pós 14J para fazer isso, tentando intimidar a categoria e atacar o direito de greve, ao mesmo tempo que faz demagogia com a população, sabendo do apoio que a luta dos metroviários teve nas redes sociais e durante a paralisação.

Foi nesse sentido, também a declaração do secretário de transportes afirmando que se o sindicato dos Metroviários continuar a fazer "greves políticas", o governo vai privatizar as linhas 1,2 e 3. Uma chantagem mentirosa, visto que os planos de privatização de Doria não leva em conta greves, mas sim os acordos de Doria e do PSDB com as empresas "amigas", um jogo de cartas marcadas como muitas vezes já denunciado, para entregar o patrimônio público e diminuir os salários e direitos dos trabalhadores. Sem contar que foram justamente as "greves políticas" que impediram ate agora que o Metrô-Sp não fosse privatizado, e entregue a preço de banana para a iniciativa privada.

A assembléia deveria ter sido organizada pelo sindicato para debater mais profundamente essa situação política. Mesmo assim algumas medidas de luta foram tiradas, como um ato na terça feira 02/07 contra as demissões as 17hs na Praça da Sé, carta Aberta a população e um Twitaço no mesmo dia. Mas ainda insuficiente, sem comprometer as centrais sindicais, que tem agora uma obrigação de defender quem lutou no 14 J, ao invés de negociar a reforma da previdência com o congresso.

É necessário um plano de luta sério, que envolva todos os parlamentares da esquerda, todos os sindicatos, que organize setoriais em todas as áreas do Metrô, para que pela base, organizemos a resistência a privatização e a reintegração de todos os metroviários demitidos injustamente pela direção da empresa.

Chamamos toda a população a apoiar os metroviários nas redes sociais com a #MetrodespNenhumaFamilianaRua, para mostrar o apoio popular e o repúdio as atitudes autoritárias do governo Doria e seu secretario de transporte. Vejam as categorias que estão prestando seu apoio a readmissão dos metroviários.




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