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POR TODAS ELAS EM SP | Em São Paulo, já são 15 mil nas ruas contra os estupros e a violência à mulher

Integrando os atos convocados pelas redes sociais “Por todas elas”, São Paulo reúne nesse momento na Avenida Paulista 15 mil mobilizados contra a cultura do estupro a partir do caso escandaloso do estupro coletivo ocorrido no Rio.

quarta-feira 1º de junho de 2016 | Edição do dia

O bloco composto pelo grupo de mulheres Pão e Rosas, a Juventude Faísca e o MRT, conta com dezenas de trabalhadores e estudantes, se somando a essa luta fundamental.

Diana Assunção, da Secretaria de Mulheres do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e do Pão e Rosas, disse ao Esquerda Diário:

"É fundamental a organização das mulheres para irmos às ruas lutar contra a cultura do estupro. Na USP, estamos fazendo essa discussão em meio à nossa greve, e deliberamos por compor um bloco nesse ato além de expressar nossa solidariedade às recentes vítimas de estupros coletivos no Rio e no Piauí. O governo golpista de Temer quer atacar ainda mais os direitos das mulheres proibindo abortos mesmo em caso de estupro, e recentemente recebeu para Alexandre Frota, estuprador confesso, para ouvir suas propostas para a educação. Por isso, nossa luta deve ser também contra esse governo golpista que reforça em cada ação a cultura do estupro."

Flávia Toledo, diretora do Centro Acadêmico da Letras USP, falou: "Nós estamos ocupados e em greve na Letras contra os ataques à educação, e também lutamos contra a cultura do estupro dentro da USP, que recentemente foi escancarada pela postura criminosa da reitoria frente à CPI dos estupros da Faculdade de Medicina. Frente a centenas de casos de estupros sistemáticos, a reitoria apenas puniu um estudante com uma suspensão de seis meses! Instituições como a reitoria são parte da cultura do estupro e a reforçam, assim como a polícia, como pudemos ver nas declarações dadas pelo primeiro delegado que assumiu o caso do Rio, que questionava a vítima se ela praticava sexo grupal e depois alegou haver fortes indícios de que não havia ocorrido estupro. Isso mostra que só organizadas e em luta podemos combater a cultura do estupro, e ao lado das trabalhadoras e trabalhadores, que têm a força pra mudar isso."




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