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ASSASSINATO NO EXTRA | Em SP, manifestantes também repudiam assassinato racista: O Estado também é responsável

Após o assassinato de mais um jovem negro, desta vez por parte de um segurança do supermercado Extra, na Barra da Tijuca (RJ), manifestações aconteceram em pontos chaves do país, como São Paulo, Minas Gerais e no próprio Rio, como expressão do repúdio ao ato de racismo. Pedro, estrangulado, certamente foi alvo por ser negro.

segunda-feira 18 de fevereiro de 2019 | Edição do dia

Pedro foi assassinado no último dia 14, estrangulado até a morte por um segurança do Extra, na frente de sua mãe, que gritava alertando que o rapaz estava com o braço roxo. O ato do segurança é mais um dos muitos de casos racistas que acontecem a todo momento no país e que é reflexo de uma política do Estado capitalista, que trata os corpos negros como a "a carne mais barata do mercado".

Em São Paulo, a manifestação se concentrou em frente do Extra Brigadeiro, com a presença de jovens, negros e brancos, em repúdio ao ato de racismo. A polícia e o governo Bolsonaro também foram responsabilizados: "No Brasil, os jovens negros são assassinados todos os dias pela polícia, que é alimentada pelo ódio propagado por Bolsonaro, e agora, com o "pacote anticrime" de Sérgio Moro, vai ser "legalizado" o assassinato da juventude negra, com mais impunidade. A juventude negra tá na mira do governo Bolsonaro, com prisões, com retirada dos direitos", disse Odete do movimento Quilombo Vermelho.

Na manifestação também relembraram a morte de Jenifer, menina de 11 anos assassinada pela polícia com um tiro nas costas, na saída da escola - também no Rio de Janeiro, também no dia 14.

Danielle Simões, funcionária pública presente no ato, disse ao Esquerda Diário que "o governo Bolsonaro abriu as portas para muito mais expressões de racismo. Abriu as portas para que as pessoas se mostrassem mais racistas e intolerantes. O público eleitor do Bolsonaro agora tem mais respaldo pra atuar. Essa polícia tem um olhar racista, seu papel é o da repressão.". O capitalismo também foi apontado por Juliana Freitas (estudante de Direito da UNIP) como responsável por mortes de corpos negros: "nossa carne, a carne negra, é a mais barata do mercado mesmo. É por isso que a gente é morto todo dia nas periferias. Para o capitalismo, nosso corpo é mercadoria, facilmente descartada".

Veja também importante fala de Marcello Pablito, trabalhador do bandejão da USP, e Odete Cristina, militantes do movimento de negros e negras Quilombo Vermelho - MRT.

A manifestação expressou um pouco do ódio e repúdio sentido por milhões ao ver corpos negros estendidos diariamente. Nós exigimos justiça a Pedro, Jenifer, Marielle. Os negros serão a linha de frente na luta contra as polícias, o governo Bolsonaro e o estado capitalista.




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