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DÍVIDA PÚBLICA | Em 2022, a dívida pública brasileira chegará a 100% do PIB, segundo FMI

O FMI, que em abril desse ano, fez uma previsão de que o Brasil chegaria a 19ª maior dívida pública a nível internacional em 2022, hoje vê um quadro ainda mais grave que a faria subir para a 12ª posição. Mais que um ranking internacional, representaria uma dívida de 96,9% do PIB aos agiotas do mercado financeiro. Uma dívida que não é dos trabalhadores e não deve ser paga.

Ítalo GimenesMestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN

quarta-feira 11 de outubro de 2017 | Edição do dia

Em 2016, a dívida brasileira chegou a ser a 40ª maior do mundo (78,3%). De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil terá a 12ª maior dívida do mundo em 2022, representando 96,9% do PIB.

Essa piora é o reflexo da deterioração das contas públicas e as receitas não acompanhando o ritmo de crescimento das despesas. O governo Michel Temer prevê que, em 2017, haverá um deficit primário de R$ 159 bilhões, sendo este o quarto ano seguido de rombo nas contas públicas. Frente a esse cenário, Temer e a grande imprensa vem propondo como solução cortar profundamente os "gastos" em saúde e educação, proposto leis trabalhistas para que trabalhemos mais, recebendo menos e com menos direitos, e agora voltou a aparecer a possibilidade de ser votada a conflituosa Reforma da Previdência.

A tão "necessária" Reforma da Previdência, justificada para tapar o "buraco na previdência", na realidade é colocada para esconder esse verdadeiro problema das contas públicas, que é a dívida pública com banqueiros internacionais, verdadeiros agiotas. Veja o gráfico produzido pela Auditoria Pública Cidadã sobre os gastos de todo orçamento da União.

Leia também: Reforma da Previdência: Existe de fato um déficit como o Governo Temer afirma?

Fonte: SIAFI Elaboração: AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA (ano 2015)

Porque então o governo acha razoável propor ataques e que trabalhemos no mínimo até os 65 anos, de modo que muitos, na prática, perderão o direito a aposentadoria, e não se fala desse gasto absurdo com o juros e atomizações da dívida pública, de quase metade do orçamento? Justamente, uma dívida formada para fomentar os lucros dos empresários é também a principal fonte de lucro de grandes bancos internacionais (sua galinha dos ovos de ouro), que dependem da falência e de endividamento de países inteiros para seguirem crescendo suas fortunas.

Uma Constituinte livre e soberana, imposta pela luta independente dos trabalhadores, deve servir para os trabalhadores decidirem sobre tudo, inclusive se devem seguir pagando por uma dívida que eles não criaram. Nós do Esquerda Diário defendemos abertamente o não pagamento dessa dívida pública, para que os gastos públicos estejam voltados as demandas da população.




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